quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Em 2010:

Desejo saúde, muita, pra você e pra todos que você ama, muitos amigos de verdade, muita paz e tranquilidade, que todos os problemas sejam resolvidos, que você seja correspondido no amor, felicidade, sabedoria, paciência, muito beijo na boca, muita risada, calma, riquezas, fartura, muita comida gostosa, que seus amigos antigos reapareçam, que você receba muitas notícias boas, que você consiga um boa promoção, que você viaje pra locais lindos, que você tenha sempre bom sonhos, que você nunca se machuque, que nunca chegue atrasado, que seja bem-sucedido sempre, que chegue sempre em primeiro lugar, que não quebre nenhum objeto, que ganhe na loteria, que você nunca fique deprimido, que tenha sempre muita proteção Divina, inteligência, que nunca esbarre com pessoas nefastas, que ganhe muitas bênçãos, desejo também que você só pegue sinais verdes, nenhum engarrafamento, que não te liguem cedo pra vender nada, que suas contas sejam todas pagas, que você seja vitorioso com suas causas, pacientes, clientes, projetos, idéias, vendas, negociações, contratos, provas, concursos ou planos... que você conheça belas praias, ou montanhas, ou campos ou florestas... que você tenha sempre um peixe no anzol, com boas colheitas, que suas experências nunca explodam, que você nunca erre a conta, nem bote muito sal na comida, que você sempre tenha desconto, que o seu carro nunca deixe voccê na mão, que seu pneu nunca fure, que o gás ou a água nunca terminem, que falem com você no elevador, que só falem bem de você pelas costas, que você tenha um filho ou que venha o próximo, que você ajude os outros sempre, MAS NUNCA ESQUEÇA DE AGRADECER A DEUS POR TUDO!






 "Para você ganhar belíssimo Ano Novo


cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,

Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido

(mal vivido ou talvez sem sentido)

para você ganhar um ano

não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,

mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,

novo até no coração das coisas menos percebidas

(a começar pelo seu interior)

(...)

você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,

não precisa expedir nem receber mensagens

(...)

Não precisa fazer lista de boas intenções

para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar de arrependido

pelas besteiras consumadas

nem parvamente acreditar

que por decreto da esperança

a partir de janeiro as coisas mudem

(...)

Para ganhar um ano-novo

que mereça este nome,

você, meu caro, tem de merecê-lo,

tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,

mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo

cochila e espera desde sempre."
 
*Carlos Drummond de Andrade
(Texto extraído do "Jornal do Brasil", Dezembro/1997)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Desejos de um natal encantado



Eu queria ter uma casa, com uma chaminé enorme onde estariam penduradas meias grandes e vermelhas para que o papai Noel colocasse lá os presentes de natal. Aliás, a casa inteira estaria decorada com enfeites natalinos.

Também queria, uma árvore de natal grande, para eu colocar uma linda estrela no topo, mas, principalmente, queria ir numa loja, e escolher o maior e mais verde pinheiro, depois colocar em cima do carro e trazer pra casa.

Queria muita neve na frente da minha casa, para poder me jogar no chão e desenhar um anjo com o peso do meu corpo.

Também queria fazer um boneco de neve e colocar uma cenoura bem laranja pra fingir que era o nariz dele e botões de paletó formando os olhos.

Eu queria muito que Papai Noel existisse de verdade. Queria um natal com frio, para que eu pudesse vestir roupas de lã, usar gorro e cachecol, todos bordados com símbolos natalinos.

Acordar cedinho e correr pra árvore de natal para abrir os presentes e depois tomar chocolate quente com marshimelo e comer biscoitos quentinhos.

Tudo bem ao estilo dos filmes americanos. Mas, como eu estou no Brasil, e principalmente no Acre, isso se torna impossível.

Nosso estado é quente e úmido, vivemos com o mundo de olho em nós. Derrubar árvores nem pensar. Chaminé, pra quê? Aqui, o essencial é ar-condicionado, para que não cozinhemos de tanto calor.

Neve? Só mesmo com a mudança drástica de temperatura, causada pelos séculos de poluição. E assim mesmo, isso seria um verdadeiro caos pra humanidade.

O negócio é me contentar com um pinheiro artificial enfeitado, comprado da nossa vizinha Bolívia e com o show do Roberto Carlos na televisão.

Porque enfim, para se ter um bom natal só precisamos estar perto de quem amamos. Churrasco, galinha assada, peru, camarão ou bacalhau, tanto faz, o importante é a família reunida. É o espírito de união que esse período traz para nossas vidas.

Se vivêssemos sempre em período natalino, com certeza o mundo seria mais pacífico, mais amoroso, porque as pessoas se tornam mais solidárias e mais amorosas.

Sim é verdade, o natal nos torna piegas, mas quem se importa? O amor é piegas!

Um feliz natal a todos!

* Texto publicado no Jornal Página 20, de 20/12/2009.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Mudanças

Eu costumo descontar minhas ansiedades e inconstâncias cortando ou trocando a cor dos cabelos. Ultimamente tenho trocado o ponto de apoio. Agora desconto tudo aqui no blog, por isso, vocês devem estar se perguntando que diabos eu tenho que toda semana tô mudando o layout dele, agora já sabem. Paciência que isso passa...Não desistam de mim.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mais sonhos de valsas

Também ganhei sonhos de valsas do Vinícius. Numa brincadeira de guerrinha com o Andrey, que já havia me mandado dois, o Vinícius me mandou dez. Claro que eu adorei, mas foi impossível não pensar que se todas as guerras do mundo tivessem como armas o chocolate quão doce e inofensiva elas seriam. E fazendo um trocadilho com o nome do chocolate, seria realmente um sonho...

Dieta do chá

Ta querendo fazer dieta e ser feliz? Então se junte a mim e vamos fazer a dieta do chá! É felicidade na certa, nada daquelas alterações de humor e depressão que as dietas normais nos causam. Mas lembrem-se: sigam a risca, caso contrário não terá efeito.

Lasanha... chá comigo

Salada... chá pra lá

Picanha... chá comigo

Carne de soja... chá pra lá

Rabada... chá comigo

Peixe grelhado... chá pra lá

Feijoada... chá comigo

Sopinha... chá pra lá

Cerveja... chá comigo

Chazinho... chá pra lá

Açúcar... chá comigo

Adoçante... chá pra lá
Buteco... chá comigo
Academia... chá pra lá

Rodízio... chá comigo

Spa...chá pra lá.



terça-feira, 10 de novembro de 2009

Abelardo Barbosa ainda está com tudo e não está prosa


Quando eu era criança já quase uma senhora adolescente, eu costumava assistir um programa chamado Cassino do Chacrinha”. Quem nunca assistiu com certeza já ouvi falar. Ele considerado um dos grandes nomes da comunicação.

Com frases bem humoradas como, por exemplo: como vai, vai bem? Veio a pé ou veio de trem? E a inseparável buzina, José Abelardo Barbosa de Medeiros, pernambucana, dizia que trazia a festividade nordestina para seu palco.

Foi ele o criador de frases célebres como: Eu vim para confundir e não para explicar. Ou então, a mais famosa de todas: Na televisão nada se cria, tudo se copia. Outra frase muito comum de ouvirmos hoje também é: Quem não se comunica se trumbica.

O velho guerreiro, como também era conhecido, trocou a faculdade de medicina para ser locutor de rádio e mais tarde apresentador de televisão.

Pra quem não sabe o hábito de jogar coisas para a platéia, surgiu por causa de um patrocinador que o programa tinha. Era um supermercado e seu gerente sempre mandava coisas para Chacrinha distribuir.

Com o passar do tempo o supermercado deixou de patrociná-lo, mas o público pedia o bacalhau do Cazuza ou de qualquer celebridade da época.

Homenageado em música pelo cantor Gilberto Gil, o velho guerreiro entrava no palco com roupas muito coloridas, cheias de paetês e um chapéu que em sua maioria, se pareciam com cartolas.

Grandes nomes da música popular brasileira foram revelados em seu programa, como Paulo Sérgio e Raul Seixas.

Chacrinha sempre gostou de inovar e para os parâmetros da época, mulheres de maiô, dançando no palco era um Deus nos acuda. Mas em seu programa elas estavam lá e gozavam da simpatia do público. Eram as chacretes. E se hoje existe as dançarinas de palco, adivinhem só a quem elas devem agradecer?

Uma das cenas mais divertidas que eu assisti no seu programa, foi de uma família enorme, acho que mais de dez pessoas, que foram cantar em seu programa de calouros. A apresentação foi um fiasco, a família cantava mal e o Chacrinha buzinou, buzinou, buzinou e a família não saia do palco e nem parava de cantar.

Pra quem nunca ouviu falar ou nunca viu nada do Chacrinha, aconselho dar uma passadinha no youtube (www.youtube.com) para assistir o velho guerreiro, que aliás, costumava dizer que gostava de levar alegria ao povo e de dar oportunidade para quem realmente tinha valor. Isso ele fez. E o fez com maestria.

* Texto publicado no jornal Página 20, de 08/11/2009.

sábado, 7 de novembro de 2009

A equilibrista

Em tempos de chuva, parabéns a moça que consegue se equilibar na bicileta com um guarda-chuva na mão. Não foi cena flagrada em circo de lona, mas no circo da vida, onde a sobrevivência é uma arte.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Ou você é importante ou não

Jesus me manda email. Coisa Chique!



Selinho da Jamylle



Iupiiiiiiii!! Selinhos chegando! Esse eu ganhei da dona Jamylle.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Curtinhas

*** O cara resolve comprar um carro, sai de casa e volta com um corolla. Até aqui tudo bem, ponto pra ele. Mas depois, colocar três almofadinhas ‘fruque-fruque’ no tampão do carro, essa é de matar. Se quer ser brega, não compra um carro chique!

*** As mudanças no trânsito de Rio Branco, estão tão complexas que eu já ando me perdendo. Não estou reclamando. Tem lugares que realmente estavam merecendo essa mudança. O problema é justamente comigo, que levo essa vidinha acomodada de casa-trabalho-casa.

*** Ficar desempregada pra quem não tem secretária doméstica é terrível. Sem trabalho não tem desculpa para um almoço menos elaborado ou uma boa limpeza na casa.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Chocolate, eu só quero chocolate


É tão bom se sentir querida!
Olha que fofo, o Andrey Cruz hoje me mandou dois sonhos de valsa.
Ele estuda com a minha filha lá no Colégio Vitória.
A vida com sabor de chocolate vale muito mais a pena.

Ganhei selinhos da Rebeca

A Rebeca é uma moça de 15 anos muito linda que escreve o Blog Confissões de Rebeca. O Blog dela está entre os 100 melhores do Brasil, segundo o site http://www.vejablog.com.br/.


E sendo ela uma das cem melhores, fiquei toda orgulhosa quando me mandou esses três selinhos dizendo que adora o meu Conversa de Calçada.







segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Dia dos finados

Hoje é dia de homenagear nossos mortos. O ‘oba-oba’ do feriado não tem muito clima. Dia de finados é sempre muito quente e termina com chuva no final da tarde.

Os que perderam seus parentes há pouco tempo são sempre os mais tristes e sofridos que encontramos nos cemitérios.

Alguns pela primeira vez passam a realmente homenagear seus mortos, pois, até o ano passado tinham esse dia como mais um para aproveitar a vida junto aos amigos, com um churrasquinho e quem sabe uma cerveja gelada de acompanhante.

Meu primeiro dia de finados que valorizei intensamente, foi há três anos atrás, quando em outubro perdi minha vó. De lá para cá, sou presença confirmada em quase todos os cemitérios da cidade.

O ritual é sempre o mesmo. Acende uma vela pra um, reza pra outro, às vezes se assusta com a foto de um falecido que a gente nem sabia que tinha morrido, reclama do calor e depois tenta se proteger da chuva.

Filho chora a perda do pai, mãe não se conforma com a morte do filho, marido rezando pela alma da esposa. São muitas dores expostas nos olhares de cada um.

Histórias de vidas que foram enterradas. Amores eternos que foram para a eternidade. Conselhos que nunca mais serão ouvidos.

O abraço apertado, o beijo carinhoso, o olhar que diz tudo. Esses agora estão só nas lembranças de quem ainda está vivo. Quem disse eu te amo em vida, não se arrepende, quem não disse passa o resto dos dias se lamentando.

Enquanto umas famílias agradecem a Deus pelo descanso em paz, outras questionam a morte prematura, algumas até estúpidas. Mas todas rezam, oram, falam com Ele. Cada uma a seu modo, no seu tempo.

Alguns aproveitam pra faturar um troco e ajudar no orçamento de casa. Se dedicam a limpar os túmulos, vender flores, velas e águas. Brasileiro é assim, sempre dá um jeitinho de melhorar as coisas.

Eu sugiro muito protetor solar, chapéu pra proteger a cabeça, sombrinha na mão e Deus no coração. Velem seus mortos, rezem por eles, mas também respeitem seus vivos enquanto há tempo e vida.

sábado, 31 de outubro de 2009

Dia das bruxas

Bruxas e bruxos do meu Brasil varonil, parabéns pelo seu dia!
Que Deus lhes conserve sempre assim:
Feios, com verrugas no nariz e banguelos!
Afinal, com tanta maldade no coração, não tem como ser bonito, né minha gente!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Cabelos brancos

Os Cabelos brancos insistem em aparecer. Querem provar para a menina que vive dentro de mim, que o tempo é implacável e que a mulher que me transformei, também tem preocupações, contas e todas as coisas que a vida de adulto traz pra gente!

Impossível não lembrar de Roberto Carlos cantando: Meu querido, meu velho, meu amigo. Letra linda!


Esses seus cabelos brancos, bonitos, esse olhar cansado, profundo


Me dizendo coisas, num grito, me ensinando tanto do mundo...

E esses passos lentos, de agora, caminhando sempre comigo,

Já correram tanto na vida,

Meu querido, meu velho, meu amigo

Sua vida cheia de histórias e essas rugas marcadas pelo tempo,

Lembranças de antigas vitórias ou lágrimas choradas, ao vento...

Sua voz macia me acalma e me diz muito mais do que eu digo

Me calando fundo na alma

Meu querido, meu velho, meu amigo

Seu passado vive presente nas experiências

Contidas nesse coração, consciente da beleza das coisas da vida.

Seu sorriso franco me anima, seu conselho certo me ensina,

Beijo suas mãos e lhe digo

Meu querido, meu velho, meu amigo

Eu já lhe falei de tudo,

Mas tudo isso é pouco

Diante do que sinto...

Olhando seus cabelos, tão bonitos,

Beijo suas mãos e digo

Meu querido, meu velho, meu amigo

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Palavras ao vento

A você que passa por aqui sorrateiramente, agradeço por disseminar minhas palavras ao vento. Assim, elas vão longe e o meu blog também.


Antecipadamente desejo um dia das bruxas inesquecível, com direito a verrugas, decoração de abóboras, velas e muito roxo!

Escolha duvidosa

Uma pessoa que dá três voltas no quarteirão tentando estacionar seu carro, avista dois lugares e não estaciona pq a vaga é pequena e ta com preguiça de manobrar, deveria devolver a carteira de habilitação.

Opa! Mas ‘pera ai’, essa pessoa sou eu. Então, tudo muda de figura. As desculpas são aceitáveis. O problema é que o calor que ta fazendo em Rio Branco não ajuda. Fazer qualquer esforço se transforma num ‘suador’ sem tamanho. Imagina ficar, vai pra frente, vem pra trás, até conseguir estacionar 100%? Isso seria penitência.

Por isso, optei por estacionar longe, caminhar um pouquinho em baixo de sol quente, até avistar o prédio onde trabalho. Depois subir três andares de escada, chegar na sala sem fôlego e ainda por cima com aquelas rodelas MA-RA-VI-LHO-SAS de suor em baixo do braço.

Pensando bem, a troca terminou dando no mesmo!


domingo, 25 de outubro de 2009

A mãe super sincera

O melhor e mais sincero diálogo:

- Mãe, quero ser modelo.

- Fique anorexica e depois conversamos.

(Estabelecido entre mãe e uma filha de aproximadamente oito anos de idade,  na série Weeds, canal GNT)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Pede pra sair

Ta cansada?
Ta arrependida?
Pede pra sair!

Era uma vez no reino de Encantolândia

Era uma vez um reino encantado. Por lá tinham fadas, duendes e gente má também. Esse lugar era chamado de Encantolândia e era governado por um rei muito bom e educado.

Certo dia, o rei acordou com uma vontade danada de não ser mais rei. Colocou umas mudas de roupa na sacola, pegou algumas frutas, seu cavalo e partiu de Encantolândia em busca de novos conhecimentos, novos lugares e novas pessoas. Ninguém nunca mais ouviu falar dele.

O povo ficou em polvorosa, na ânsia de saber quem assumiria o reino no lugar do bom rei. Após uma reunião na corte, decidiram que Encantolândia agora, teria uma rainha. E logo a coroaram em uma grande festa.

A nova rainha, já era governante de um pequeno povoado ao lado e não quis abrir mão dele, acumulou assim dois países.

Pouco tempo depois, o rei do país vizinho morreu. Tragédia. Não tinha família. Ninguém para assumir a coroa do reino. Em grande assembléia decidiram que iriam convidar a poderosa rainha de Encantolândia. Quem governa dois governa três, eles pensaram.

E assim o fizeram, convidaram a rainha que prontamente aceitou. No entanto, eram três reinos distintos. Todos com suas necessidades e peculiaridades. A rainha começou a deixar Encantolândia de lado. Não aparecia mais as reuniões da corte e decidiu que nem lá iria mais. Governaria de longe.

O povo de Encantolândia ficou decepcionado, principalmente porque a rainha mostrou-se uma tirana. Deu títulos de nobreza a seus amigos, mesmo sendo eles pessoas de má índole, extremamente venenosos e fofoqueiros. E era somente a eles que ela ouvia.

Qualquer queixa ou mesmo fofoca deles, a rainha mandava logo punir. Não se importava se a pessoa era inocente ou culpada. Cortem-lhe a cabeça! Joguem no calabouço! Ordenava ela.

Muitos inocentes morreram. O povo ao perceber que a rainha não tinha nada de imparcialidade e que ela não ligava mais para Encantolândia, cruzou os braços. A rainha como não ia mais lá, nem percebeu.

A rainha começou a perder aliados. Até mesmo seus amigos estavam se afastando. O poder subiu-lhe a cabeça, falavam eles. Cansada e sozinha ela seguiu em frente, abusando da indelicadeza, da má-educação e da injustiça.

Porém, nas primeiras horas de uma manhã chuvosa, ela sucumbiu as suas maldades. Morreu. No enterro compareceram poucas pessoas, que estavam lá, chorando muito mais pelo título que iriam perder, do que pela morte da rainha.

Triste fim.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

E mesmo assim a gente ama


Eu me pergunto como um ser tão lindo e doce se torna uma destruidora de aparelhos tecnológicos e aos 13 anos já conseguiu detonar três computadores, oito aparelhos celulares e duas câmeras digitais?

Por favor me falem que ela tem conserto, pq os aparelhos eu sei que não.

Em favor dos pesquisadores científicos do Brasil

Assistindo a uma reportagem sobre uma feira de tecnologia robótica em Curitiba, ouvi um entrevistado dizer que não é da cultura do brasileiro a criação nessa área, que era necessário incorporar isso para que passássemos a nos interessar pela construção de robôs.

Ai eu pergunto:

Existe no Brasil alguma política que incentive pesquisas científicas? E quando digo pesquisas me refiro a todas as áreas e não somente na área de robótica.

Para que se possa incorporar na cultura do brasileiro a construção de pequenos robôs, ou seja lá o que for, é preciso primeiro incorporar a cultura de estudar.

E que incentivo os poucos pesquisadores brasileiros recebem, se nosso querido presidente faz pronunciamento dizendo que vai cortar a bolsa (dinheiro) que eles recebem justamente para poderem se dedicar somente as pesquisas?

Então faço novo questionamento:

Será que temos pesquisadores preparados para a nova onda do Pré-sal ou será necessário importar mão-de-obra?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A incrível história da mulher que derreteu de tanto calor


Amanheceu abafado em Rio Branco. Vontade enorme de não sair do quarto. Assistir um filme, dois ou três quem sabe. Talvez trocasse os filmes por um livro ou até mesmo pelo vício do Twitter. Mas tudo com o meu querido ar-condicionado ligado no máximo.

Infelismente, a vida real me chama. Preciso trabalhar como todo ser humano. Sem trabalho não tem dinheiro. Sem dinheiro não tem luz. Sem luz não tem ar-condicionado. Sem ar-condicionado não tem quem resista. É morte certa.

- Morreu de quê?
- Derreteu de tanto calor.

Vou virar história. Melhor, vou ficar na história. Sempre serei lembranda como a mulher que derreteu de calor.

- Enterraram?
- Não. Virou uma poça e nós enxugamos.

No balanço das horas

É simples assim. Eu não gosto dela e ela não gosta de mim. Eu tenho e preciso tolerá-la. Mas e ela? Ela não precisa tolerar-me. Pra quê esse joguinho de gato e rato? Só resta esperar o tempo passar, 15 dias talvez. E no balanço das horas tudo pode mudar...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Selinho


Presente da Rebeca.

Roubando perfis no orkut

Sabe aqueles textos que você lê e pensa: Isso poderia ter sido escrito por mim? Pois é, assim que li o perfil do Elson no orkut eu pensei isso.

Elson é um amigo muito querido, nossas famílias também são amigas e nos conhecemos no Rio de Janeiro, onde costumávamos nos encontrar durante anos seguidos para curtir muita praia, cinema e  shoping, além de nos deliciarmos com os sanduiches do Bob’s alternados com os do McDonald’s.

Tirando a parte de morar 13 anos no Rio e do AVC, eu me considero igualzinha a ele, vejam bem, eu disse do AVC e não do sequelado.


"Sou gente boa, do bem e tento só fazer o bem. Nem sempre dá, mas que eu tento... ah, eu tento.

Não sou (e nem quero ser) nem melhor, nem pior do que ninguém. Nem mais rico, nem mais pobre. Nem igual, nem diferente. Nem mais inteligente, nem mais mais burro. Nem mais belo, nem mais feio. Nem contra, nem a favor, muito pelo contrário... ??? (essa nem eu entendi).

Sou simples, humilde, cheio de defeitos, como todo mundo, bem-humorado, prestativo, justo, simpático, pego amizade fácil, risonho, flamenguista, uso óculos e gosto, pacífico, sagaz, bobo, atencioso, morei 13 anos no Rio, incomum, já fiz análise, palhaço, bobo, sui generis, extrovertido, sincero, não sei dizer não, honesto, amigo, inteligente, culto e muito modesto. Hehehe.


Não sacaneio ninguém, só a mim mesmo. Não me meto na vida de ninguém, apesar de ninguém agir assim comigo. E não sou a pessoa mais curiosa do mundo, com relação à vida alheia. Vejo sempre o lado bom das pessoas e amigo meu não tem defeitos, tem características.

Não julgo ninguém, porque aprendi que toda história tem, pelo menos, 2 lados. Ah, e abomino qualquer tipo de discriminação, racismo ou preconceito.

Acredito que o mal é uma das faces do bem. Uma ferramenta usada para nos ensinar algo. Afinal, aprende-se pelo amor e pela dor.

Outras coisas que não tolero são: hipocrisia, injustiça, arrogância, prepotência, impaciência, intolerância, todos os 7 pecados capitais, burrice, violência, fome, demagogia, etc. Aliás, peço aos hipócritas e demagogos que fiquem bem longe de mim.


Sim, sou sequelado! Hehehe. Deixa eu explicar: já tive um AVC (isquemia/derrame) que deixou sequelas. Não espera eu molhar o bico!

Tenho tanto pra agradecer a Deus, que ajudar os outros é a forma que encontrei de provar a Ele que realmente sou grato por tudo.

Pensamento reconfortante: melhor do que a vingança, é saber que o mundo gira. Ah! E como gira!!!".

Em defesa dos 'quebra-galhos'

Gente, em vida de adulto não funciona essa história de dizer que era o fulano que estava responsável por isso antes de eu entrar e agora eu não sei de nada, preciso falar com o fulano pra me informar. Principalmente se o fulano estava cobrindo período de licençaalgumacoisa de quem não ‘sabe de nada’.

Pois foi isso que aconteceu na coordenação do meu curso de pós-graduação. A coordenadora necessitou se ausentar pra cumprir a licença-maternidade. Um outro professor assumiu nesse período. No entanto a coordenação ainda era a mesma. Logo, quando a pós-grávida retornasse, a primeira coisa a fazer, pelo menos teoricamente, seria ficar a par de tudo, principalmente sobre as demandas pendentes.

Então, ao ser questionada pelos alunos sobre a nota de um módulo que ainda não havia sido repassada para os alunos, ela simplesmente respondeu, que quem havia trazido esse professor era o outro coordenador e que ela nada sabia, mas, que iria se informar.

Na minha humilde opinião de aluna pagante, essa informação ela já deveria saber desde que reassumiu a coordenação (pelo menos que o professor ainda não havia entregado as notas, ela tinha que saber). Mas, pra uma coordenadora que mora ao lado da faculdade e não aparece para aplicar a avaliação do módulo e do professor, porque “não deu”, o que mais podemos esperar né?

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Aniversário da Isadora




Na contra-mão da dor e da saudade, hoje é o aniversário da Isadora.
Quatro anos.
Uma vida toda pela frente...

Mais um ano

Hoje ta fazendo mais um ano de ausência da Dona Maricota!
E eu juro pra vocês que nunca senti tanta falta dela como na semana passada!
Vó, a saudade é eterna!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Twittando

Acabei de debutar no Twitter!
Que emoção!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Aniversário da Bila




Hoje é aniversário da minha amiga Fabíola.
Desejo tudo de bom nessa vida,
pq se tem uma pessoa no mundo que merece ser feliz
 é ELA!

À Menina de óculos

No segundo período da faculdade, entrou uma aluna nova. Ela costumava sentar na primeira cadeira da primeira fileira. Entrava muito séria dentro de sala e assim permanecia até o final da aula. Poucas eram suas palavras. Não conversava e só respondia se realmente houvesse necessidade. Não sei se por timidez ou por sabedoria.

Trabalho em grupo era o que não faltava e foi num desses que nossa turma convidou a ‘novata’, era assim que nos referíamos a ela, para fazer o trabalho conosco. Foi o primeiro de todos os outros trabalhos da faculdade.

De repente não era mais eu ou ela. Nos tornamos uma dupla. O humor ácido, o pensamento rápido, o senso e o espírito crítico, a enorme vontade de que a aula acabasse logo e principalmente, o orkut e o msn, nos uniram. E de tanta convivência ou talvez pelos nossos cabelos escuros e também pela falta de salada no nosso prato, muita gente até hoje pensa que somos irmãs.

No entanto, a moça séria se revelou ótima humorista. O lugar escolhido agora não era a primeira, mas sim, a última cadeira da última fila. E como a gente se divertia na sala de aula!

Tinha professor que fingia ensinar e ficava com raiva porque éramos as ‘rebeldes’ da turma que não fingiam aprender. Tinha professor que dizia que precisa viajar a trabalho e postava fotos no orkut curtindo férias na praia. Tinha professor que mesmo copiando do livro escrevia palavra errada no quadro e assim a gente ia se divertindo.

A faculdade acabou. Mas a amizade ficou. Muitas vezes a escutei dizer que algumas pessoas não gostam dela. Imagino que não a conheçam de verdade. Que nunca puderam ter contato com o lado cômico e com o sorriso fácil que fica em seu rosto quando ela está à vontade, ou simplesmente, pq levar desaforo pra casa não é mesmo o seu forte.

* Homenagem a minha querida amiga Francielle Modesto, futura doutora em letras, escritora de best sellers e membro da Academia Acreana de Letras.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Vocês sabiam que

não ipomtra em qaul odrem as

Lteras de uma plravaa etãso,

a úncia csioa iprotmatne é que

a piremria e útmlia Lteras etejasm

no lgaur crteo. O rseto pdoe ser

uma bçguana ttaol, que vcoê

anida pdoe ler sem pobrlmea.

Itso é poqrue nós não lmeos

cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa

cmoo um tdoo.

O ex- patinho feio

Por forças de algumas situações foi necessário que essa semana eu fosse Porto Velho. Viagem longa e cansativa para quem vai de carro, pois a estrada não está lá essas maravilhas. Família toda dentro do carro, partimos rumo ao estado vizinho.

Chegando lá, contrariando todas as regras masculinas, meu marido parou para perguntar informações de como faríamos para chegar ao endereço que precisávamos. Vocês acreditam que ele viu um conhecido? Como pode? Chegar numa cidade que não conhece ninguém e dar de cara com uma pessoa conhecida? E foi pra esse bendito que ele pediu informação.

Chegamos ao local marcado e percebemos que teríamos algumas horas até que pudéssemos ser liberados. Resolvemos então passear no shoping. Andamos, andamos, andamos... E cansamos. Voltamos para nosso compromisso e depois pegamos a estrada de volta a Rio Branco.

Mas o que eu quero falar mesmo é que fiquei impressionada com o descuido dos governantes de lá com a cidade. Gente, Porto Velho é a capital e também ostenta o título de maior município de Rondônia! É a terceira maior capital da região norte, ficando atrás somente de Manaus no Amazonas e Belém no Pará.

Vocês imaginam o que é 34.068,50 km2 com ruas confusas, movimentadas e com pouquíssimas placas de sinalização para que o motorista que não é de lá, tenha maior facilidade de chegar aos lugares? Pois lá é assim.

Daí a comparação com a nossa Rio Branco foi inevitável. Podemos não ter shoping center, nem Bob’s, nem McDonald’s, mas, nosso cartão de visita, a Via Verde, é lindo! Nossas ruas são limpas e possuem calçadas. Temos praças bonitas, o museu dos autonomistas, a gameleira, e o mercado velho.

Nossos governantes amam nossa cidade, cuidam dela com carinho. Aqui as ruas são sinalizadas, em cada esquina uma placa dizendo o nome da rua. Em cada quadra outra placa informando que direção tomar para chegar a outros bairros. Até mesmo os prédios de órgãos federais como a Polícia Rodoviária e o Ministério da Agricultura são mais bem cuidados.

Foi então que meu deu um orgulho danado de ser acreana. De morar em Rio Branco. De ter tido o Jorge Viana como Governador. De hoje contar com o Tião Viana no senado, com o Binho Marques no governo e o Raimundo Angelim na prefeitura.

Eles reconstruíram nossa capital. Nos deram pontos turísticos. Rio Branco está longe der ser aquela cidade acanhada de anos atrás. Problemas? Claro que temos. Mas aos poucos, o patinho feio está se tornando um belo cisne. E como diz a letra do nosso hino, ‘nossos passos, portanto é subir’. Afinal é pra frente que se anda.

* Texto publicado no jornal Página 20 de 11 de outubro de 2009.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Uma vida em dez minutos

Foi tudo muito rápido, madrugamos em Rio Branco e as 9:40 estávamos em Porto Velho. Ta bom, não foi tão rápido assim, afinal, foram cinco horas e quarenta minutos de estrada.

Deixamos o carro na concessionária pra fazer uma revisão, pegamos carona no 'leva e trás' e fomos ao shoping. Sem preocupação, sem hora marcada, apenas para matar o tempo.

Depois de rodar todo o shoping várias vezes e de comer no Bob’s, no Giraffa’s, no McDonald’s e na Kopenhagen pegamos um táxi e voltamos a concessionária. E é aqui que a história começa.

Sabe aquele taxista que era interpretado pelo Vladimir Brichta, ou seja lá, como se escreve esse nome, na série Faça a sua história? O que nós pegamos era igual, não na beleza, mas na falação.

O homem falou tanto, mas tanto, que eu juro pra vocês, que em menos de dez minutos eu fiquei sabendo da vida dele, com riqueza de detalhes. Ficamos sabendo de tudo, menos como ele se chamava, e essa informação fez falta lá na frente, vocês vão ver. Agora vamos contar quanta informação ele me passou nesse tempo?

1) Ele contou que a filha estava louca pra comprar um carro
2) mas que estava em dúvida entre um honda e um peugeot.
3) Ela mora em Belém.
4) É recém formada em medicina.
5) Recebeu uma proposta de 30 mil reais pra trabalhar no interior do Pará,
6) na beira da praia,
7) mas não aceitou.
8) Recusou justamente porque está indo fazer prova pra residência em São Paulo.
9) A residência vai ser em anestesiologia.
10) A outra filha dele também mora em Belém.
11) Foi pra lá depois que se formou.
12) Tem emprego fixo e trabalha numa firma grande.
13) É formada em contabilidade.
14) Nem pensa em voltar pra Porto Velho.
15) Ele e a mulher moram só.
16) Possuem um apartamento nos fundos da casa onde moram.
17) Costumavam alugar
18) mas o último inquilino, que era uma mulher, os deixou desanimados.
19) O apartamento é seguro.
20) Tem cerca elétrica,
21) garagem
22) e por lá, passa ônibus toda hora e para todo lugar.
23) Agora deois de cinco anos ele resolveu alugar de novo.
24) Ta comprando material pra arrumar o ap.
25) Já viajou muito de carro pra Belém.
26) Agora ele vai de avião mesmo.
27) Inclusive, mês que vem a esposa está indo pra lá.
28) Ele havia comprado um carro para as filhas.
29) Um pálio.
30) E agora a médica queria comprar um,
31) pois estava indo pra São Paulo
32) e ia deixar o pálio para irmã.

Nesse momento o carro parou em frente a concessionária e eu desci, meu marido ainda ficou cerca de cinco minutos dentro do carro e com certeza deve ter ouvido mais um monte de informação. Tanto que deixou o celular cair e nem prestou atenção.Só deu por falta quando estávamos na saída da cidade.

Então ele ligou pra empresa de táxi, e como diante de tantas informações não havia sobrado tempo para apresentações, apenas informou a marca e o modelo do carro, o nosso itinerário e o horário que tínhamos encontrado o falante taxista sem nome e mesmo com essas informações não conseguiram localizá-lo.

Eu então soltei a minha pérola:

- Fala pra telefonista que o homem tem uma filha recém formada e blá, blá, blá... Pois se ele falou tudo aquilo sem nem ao menos nos conhecer, com certeza já deve ter falado para os colegas de trabalho.

E não é que deu certo? Poucos minutos depois estávamos partindo rumo a Rio Branco, com o celular na mão e muita estrada pela frente.

Se for

Achei quando estava passeando pelo orkut. Não tinha autoria. Aproveitem!



Se for pra esquentar, que seja o sol;

Se for pra enganar, que seja o estômago;

Se for pra chorar, que se chore de alegria;

Se for pra mentir, que seja a idade;

Se for pra roubar, que se roube um beijo;

Se for pra perder, que se perca o medo;

Se for pra cair, que seja na gandaia;

Se existir guerra , que seja de travesseiros;

Se existir fome, que seja de amor;

Se for pra ser feliz, que seja o tempo todo!!!!!!!!!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A Olimpíada é nossa (Ainda falando sobre 2016 no Rio de Janeiro)

Se não bastasse ser eleita a cidade mais feliz do mundo, conforme divulgação de pesquisa na revista Forbes, o Rio de Janeiro venceu Chicago (Estados Unidos), Tóquio (Japão) e Madri (Espanha), na corrida pela sede dos jogos olímpicos de 2016.

A campanha pela eleição contou com a ajuda de brasileiros de prestígio internacionais como: Pelé, que não cansava de falar o quanto era pé quente; o tenista Guga, que era só sorrisos e o escritor Paulo Coelho, que antes de sair o resultado, fez promessa e tudo se comprometendo diante da câmeras de tv a plantar bananeira na praia de Copacabana na véspera da festa de abertura de 2016, o detalhe é que na data marcada, ele estará com 70 anos de idade.

Além da promessa feita, Paulo Coelho desembarcou em Copenhague com a mala cheia de livros de sua autoria, traduzidos em todas as línguas e tratou logo de distribuir para as esposas dos membros do Comitê Olímpico Internacional. Espertinho esse garoto!

Mas com certeza as presenças mais marcantes foram as do presidente Lula, que goza de uma simpatia mundial muito grande e a do Presidente do Banco Central do Brasil, que teve o papel de mostrar que a economia do Brasil caminha de vento em polpa.

O Brasil vem passando por um bom momento internacionalmente, nossa situação geopolítica é a melhor que já tivemos e justiça seja feita, graças ao nosso presidente, que mostrou segurança e equilíbrio durante essa crise econômica mundial e fez com que o Brasil passasse muito bem por ela, nos dando a previsão de que em 2016 seremos a quinta economia do mundo.

Vale a pena esperar e ver o Rio receber de braços abertos a maior festa esportiva do mundo, com seu alto astral, beleza e ginga. Para isso ele terá sete anos de preparação, onde deverá contar com a ajuda de aproximadamente 14 bilhões de investimentos públicos em infra-estrutura e mudança no planejamento urbano da cidade. Isso tudo deve gerar até lá, mais de 120 mil empregos.

Será um imenso impacto na economia do Rio de Janeiro e também imensa será a preocupação do povo brasileiro, pois, já se comenta a boca miúda que os políticos estão em polvorosa com o montante de dinheiro que será destinado e que já estão estudando como desviar para os seus bolsos alguns milhões de níqueis.

Por tanto, cabe a nós, como sociedade organizada, fiscalizar e moralizar todo esse processo. É preciso lembrar, que esta será uma grande oportunidade de mostrarmos ao mundo que somos uma grande nação.

Nas cidades por onde passou, os jogos olímpicos, trouxe um grande crescimento econômico na área do turismo. Podemos aqui citar o caso de Barcelona que cresceu 20% ao ano. No entanto, essas cidades estavam preparadas para receber os turistas e o Rio de Janeiro também deverá se preparar para isso.

Não basta só investir em construção de vilas olímpicas e preparação de atletas, também precisa investir na segurança e principalmente na qualificação das pessoas que irão trabalhar diretamente com os turistas.

O Rio de Janeiro é uma das cidades mais belas do mundo, pode acomodar todas as modalidades esportivas sem nenhum problema, até mesmo as mais complexas como iatismo e hipismo. Ele será a primeira cidade sul americana e sediar um evento dessa natureza.

A cidade maravilhosa ganhou a eleição do COI por 66 votos contra 32 de Madri e como bem disse nosso presidente Lula, os outros países apresentaram propostas, nós a alma e o coração.

Arrepia Rio!

* Texto publicado no jornal Página 20, de 04 de outubro de 2009.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Morre Mercedes Sosa


1935 - 2009

Bruta ansiedade

Eu ando ansiosa e isso me deixa nervosa.
Depois passa e troca tudo.
Eu fico nervosa e em seguida vem a ansiedade.
Então eu como, como, como...como...
Já devo ter engordado uns três quilos só de sexta-feira até hoje.
E isso não é exagero.


E nessa ansiedade me lembrei do grupo dominó, que quando eu tinha mais ou menos uns 11 anos, cantava:


"...É uma bruta ansiedade


Periga sufocar..."

O vazio e nada mais

Foi simples assim. Eles terminaram e ponto. Não ficou saudade. Não ficou nem mesmo lembranças de cheiros, músicas ou dias especiais. Talvez nunca tivesse havido amor.

Os dia se passaram e se tornaram meses que por sua vez se transformaram em anos, mas que nunca deu a eles uma oportunidade do reencontro. Nem mesmo no supermercado, na padaria ou na banca de jornal. Parecia que um dos dois havia se mudado para outra cidade.

Mas naquele fim de tarde foi diferente. Ela voltava para casa, enfrentando o engarrafamento do dia-a-dia, prestando atenção nas notícias que ouvia pelo rádio, quando olhou pro lado e o viu.

Parado no carro vizinho, enfrentando o mesmo engarrafamento ele só pensava em chegar em casa a tempo de assistir ao jogo. Nem se quer percebeu que ela estava ao seu lado.

Aos poucos os carros foram se afastando. Ela ficou observando ele seguir em frente tamborilando os dedos no volante enquanto cantava alguma música da moda. Não ficou nervosa, nem mesmo ansiou para que ele a visse. Entre eles apenas o vazio ficou.

Outro blog

Gente, eu e minha filha abrimos um blog.
É um ponto de encontro para conversas entre mãe e filha.
Passem por lá, comentem, indiquem, virem fregueses, se viciem!
É só clicar no link abaixo.


Como diz minha amiga Francielle, se joguem!

domingo, 4 de outubro de 2009

Frase do dia

"O conforto é uma burrice.
O desconforto é a vida!"

* Márcia Tiburi, doutora em filosofia e apresentadora do programa Saia Justa do GNT.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio vence eleição do COI

Saiu o resultado!
Com 66 votos contra 32 de Madrid, o Rio de Janeiro será o dono da festa nas olimpíadas de 2016.
Oba!

Até quando?

".. Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda a gente anda pra frente.
E quando a gente manda ninguém manda na gente.
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura.
Na mudança de postura a gente fica mais seguro, na mudança do presente a gente molda o futuro!
Até quando você vai ficar levando porrada, até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai ficar de saco de pancada?
Até quando você vai levando?..."

* Gabriel o pensador, Até quando?

Rio 2016



A cidade mais feliz do mundo, segundo pesquisa publicada na Revista Forbes, o Rio de Janeiro, é candidata a ser sede das olimpíadas de 2016, juntamente com Chicago (EUA), Madrid (Espanha) e Tokyo (Japão). A imprensa hoje está em polvorosa para ver quem irá anunciar em primeira mão a cidade escolhida. Uma coisa é certa, o vencedor irá receber bilhões para serem investidos na adaptação da cidade para que ela possa efetivamente receber com estrutura os jogos olímpicos e sem puxar a sardinha pro nosso lado, o Rio é uma das cidades favoritas. Agora vamos imaginar essa mistura?

Brasil + Rio de Janeiro + Verbas + Políticos = ?



quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ENEM cancelado

E o bafão do ENEM?

Imagina vocês que durante o processo de licitação somente uma empresa se apresentou e claro que sendo só uma, ela ganhou. Mas aí, meteu os pés pelas mãos, deixou vazar o conteúdo das provas e como ‘só tem tu mesmo’ vai ser a mesma empresa que irá se responsabilizar pela confecção das novas provas.

Assistindo a um dos jornais eu vi uma estudante revoltadissima, alegando que tinha se preparado para a prova e não achava justo. Agora eu pergunto:

Já que houve vazamento, não é muito mais negócio cancelar a prova e dar uma chance justa para todos do que, continuar com a mesma prova e beneficiar quem tinha as questões na mão?

Minha gente, pra QUEM REALMENTE SE PREPAROU , não interessa se a prova é hoje ou daqui a um mês!

Clareia

"...Santa Clara clareou
e aqui quando chegar
vai clarear os meus caminhos..."

* Jorge Ben Jor

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Do bom e do melhor

Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".

Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.

O bom, não basta.

O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".

Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante.

Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.

O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.

Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.

Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários. Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos.

Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente.

Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa?

E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?

O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"? Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro?

O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?

Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.

A casa que é pequena, mas nos acolhe.

O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito.

O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".

As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo.

O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.

O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer. Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?

(Leila Ferreira)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pensando positivo

"O otimismo na dificuldade reduz o mal à metade".

(Plauto)

A princesa e a bruxa

Era uma vez uma princesa, muito alegre e feliz. Um dia a princesa conheceu uma bruxa velha e solitária. Ela se penalizou com a solidão da bruxa e até nutriu um sentimento de empatia.

Mas a bruxa, talvez por ter sido bruxa a vida inteira, não sabia como tratar os outros com respeito e educação. Só falava gritando, ameaçando e humilhando.

A princesa aos poucos foi se afastando, no entanto, houve uma grande revolução no reino e a bruxa passou a governá-lo. Desse dia em diante a alegre princesa passou a viver sobre as ordens da bruxa má.
No começo a doce princesa, que sempre acreditava no lado bom das pessoas achou que conseguiria levar uma vida tranqüila no seu antigo reino. As coisas caminhavam tão bem que um dia a bruxa chamou a princesa para uma conversa e disse:

- Princesa, estou gostando muito de compartilhar meu reino com você. Enquanto eu governar, você estará à salva de qualquer mal. Pode confiar em mim!

A princesa confiou e até recusou o convite para ir morar em outro reino. No entanto, algum tempo depois, a bruxa chamou novamente a princesa e disse:

- Princesa, resolvi mudar as regras no reino. Você deixará de ser princesa, pois eu quero outra pessoa vestindo suas roupas, no entanto, terá que acenar para o povo como se princesa ainda fosse. Espero que você não se importe nem se magoe, pois mesmo sendo bruxa, sou muito apegada a religião e me sinto mal tendo que fazer isso com você, mas acontece que dividi o reino ao meio e quero que a princesa do outro lado esteja sempre bonita e alegre para os novos súditos e como você já sabe como é ser princesa não vão ser as roupas que vão fazer a diferença.

A bruxa não percebeu que ao tirar as roupas de nobreza, ninguém mais reconheceria a princesa e que por mais que continuasse sorrindo e acenando ninguém iria retribuir.

No entanto, a princesa mesmo resignada, seguiu em frente e até os dias de hoje, ainda se vê naquele reino encantado, uma humilde camponesa, sorrindo e acenando como se fosse uma bela princesa de contos de fada.

Desabafando

Às vezes, muitas vezes eu gostaria de ser menos razão e mais emoção.
Gostaria de ter coragem e mandar muitas coisas e pessoas para a casa ‘daquele cara’.
Arriscar mais!
Sofrer menos!


Os desafinados



Eu sou fã de bossa nova. Adoro João Gilberto, Nara Leão, Vinícios de Moraes, Tom Jobim, Carlos Lyra, João Donato e por ai vai. Com certeza esse gosto musical é influência de meu tio Arantes. Coisa fácil de ver é o som de músicas como lobo mau, copacabana, chega de saudade, se todos fossem iguais a você, e minha preferida: desafinado, ecoar pelos corredores de sua casa.


E ontem passeando pelos canais da sky me interessei pelo título de um filme. Chamava-se: Os desafinados. Li a sinopse e gostei mais ainda. Filme nacional, que conta a história de um grupo de amigos que sonha em fazer sucesso e ganhar dinheiro com a música. O filme é costurado pelo início do movimento da Bossa Nova e também da Ditadura no Brasil, aliado a um bom romance, onde ficamos na dúvida se torcemos pela esposa ou pela amante.

O elenco é bom. Minha maior surpresa foi ver o Jairzinho do Balão Mágico, agora Jair Oliveira atuando. Matei a saudade do tempo em que ele cantava: “...Sou Jairzinho, também tô nesse balão...”, Angelo Paes Leme, na minha opinião um dos grandes atores dessa geração, mas que é pouquíssimo aproveitado, Claudia Abreu, linda como nunca e dando um banho de interpretação, pena que ela não canta e sua voz teve que ser substituida pela de Branca Lima, durante as cenas de músicas, a Alessandra Negrine, antipática como sempre, o impagável Selton Melo, um ator que eu não conhecia chamado André Moraes e o Rodrigo Santoro, que nesse filme fala e ainda por cima em inglês e que teve que aprender a tocar piano para compor seu personagem.

Gostei do que assisti. É filme com história, sem apelação e ótima trilha sonora.

Indico!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Eu sinto falta

da gargalhada da Karine


da serenidade da Joana e


das brincadeiras da Ângela.

Eu aprendi, se você ainda não aprendeu, aprenda também

Quando eu tinha três anos de idade meus pais se separaram. Não tenho nenhuma lembrança de nossa vida em família. Não lembro do bairro em São Paulo, nem do apartamento no Rio de Janeiro.


Cresci assim, filha de pais separados, mas cresci feliz. Tive avós que cuidaram de mim como se fossem meus pais. Amaram-me, educaram-me e ensinaram-me, mesmo quando eu não queria aprender.

E foi com eles que aprendi que meus problemas particulares jamais devem interferir na vida profissional; Que gritar com alguém não vai diminuir o tamanho dos meus problemas; Que ser grosseiro e mal-educado, não me causará alívio; Que por maior que sejam as dificuldades do dia, a volta pra casa e o olhar nos olhos de quem amo é uma sensação maravilhosa; E que mesmo caindo no velho clichê, realmente a família é a base de tudo o que temos na vida.

Algumas coisas eu aprendi tarde demais, outras muito cedo. Mas aprendi. E hoje procuro repassar, claro que repaginados, travestidos de modernidade para a minha filha, mas os valores são iguais, pois como dizia Belchior: ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais.

Provérbio popular

Se ainda não acabou é porquê esse não era o fim!

Fico no aguardo de que termine.

Efeito dominó

Em alguns momentos a vida da gente vai tomando um rumo que mais parece aquelas apresentações de quedas em seqüências, sejam de baralho ou de dominó. Por mais esforço que se faça, na tentativa de pará-las, as cartas e as pedras continuam a cair empurrando as da frente. O ritmo vai acelerando...acelerando...acelerando... No entanto, sempre chega a última peça. E de novo tudo volta a ser calmaria.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Furtado do Blog da Manu

"Vida, amor e chocolate são mais saborosos quando compartilhados".
* Cindy Hess Kasper

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Espalhe


Nos idos de antigamente

O efeito do progresso na vida das pessoas é uma coisa interessante de se observar. Além das novidades que são trazidas para dentro de nossas casas ele também altera nossos costumes. Quem tem mais de 35 anos com certeza deve lembrar de coisas que se costumavam fazer e que hoje nem se fala mais.


Os vizinhos ainda tinham o hábito de sentar na frente das casas para conversar e as crianças ainda brincavam de elástico, pedrinha, bambolê, cordinha, manja, esconde-esconde, e muita bola no meio da rua.

Hoje é todo mundo muito ocupado. Falar com o vizinho só se casualmente encontrarmos com ele enquanto entramos ou saímos de casa. Brincar na rua é uma ofensa para nossas crianças, já que virtualmente podem brincar de tudo. A internet ta aí pra isso mesmo.

Alguém a ainda se lembra da feirinha de artesanatos que tinha todos os domingos? Começou na praça em frente ao Estádio José de Melo e depois foi para trás do Palácio Rio Branco. Depois da missa, lá era o ponto de encontro da moçada. Funcionava no máximo até as 22 horas, depois disso todo mundo retornava as suas casas.

Depois disso veio o hábito de ir passear no estacionamento do 14 Bis. O Domingo era o dia de maior concentração. Depois das 16 horas ficava lotado. Tinha gente que ia de moto, de carro, de bicicleta e até a pé. O importante era estar lá. O local também se transformou no favorito para os namorados.

Se você dirigia, era jovem e queria ser visto, o local era ideal era passear pela Cohab do Bosque. Quem determinou esse itinerário não sei, mas sei que todo mundo fazia.

Cinema? Só em datas comemorativas como dia dos namorados e assim mesmo para assistir Dio, come ti amo e semana santa para assistir Marcelino pão e vinho. O detalhe é que todos os anos eram os mesmos filmes e o mais engraçado era que lotava.

Nessa época tínhamos arraial e não festival de cultura ou festa julina. As férias de julho duravam 30 dias e as do final do ano três meses (e nem por isso as crianças aprendiam menos).

As empresas aéreas ainda serviam comida e ofertavam, em forma de empréstimo, talheres de inox, cobertas e travesseiros para seus usuários.

Os jovens de hoje costumam fazer seus lazeres em pátios de postos de combustíveis, bebendo cerveja, escutando músicas em volume máximo, para desespero dos pais e dos que moram nas proximidades dos postos.

Não se fazem mais amizades em sala de aula, mas sim, em quartos, através de msns e sites de relacionamentos. O interessante é ver esses amigos virtuais passarem um pelo outro sem ao menos dizer um “oi”. É a frieza nos relacionamentos dos tempos modernos que está chegando também ao Acre, mesmo sendo uma terra de muros baixos.

* Texto publicado no jornal Página 20 de 20/09/2009.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Ao amigo Rogério

Não tem coisa melhor que reencontros. Ontem casualmente topei na rua com um grande amigo de escola. Estudamos juntos desde a quinta série. Éramos uma turma da pesada (como toda turma de adolescente é).

Mas o Rogério era e ainda é um ‘figuraça’. Durante nossa vida escolar no Instituto Imaculada Conceição – CNEC, tínhamos uma professora de matemática que na hora da chamada só dizia JR, referência ao nome dele que na verdade é José Rogério.

Crescemos juntos, vimos a puberdade se manifestar uns nos outros e seguimos adiante na adolescência, rumo ao segundo grau. Escolhemos o mesmo colégio, META. E foi só lá que percebi o quanto o Rogério era inteligente e esforçado, após ter sido selecionado pelo Banco do Brasil para ser um menor estagiário. Eu achava o máximo, ter um amigo que tinha obrigações mais sérias do que jogar bola depois da aula.

Minhas primeiras saídas noturnas foram em companhia dele e de sua mãe, que coberta de paciência, passava na casa de um por um e nos levava aos lugares, não só levava, mas também dividia mesa com a gente. Foi com eles que eu conheci o falecido Nosso Clube e outros lugares boêmios.

No meio da estrada ele foi embora cursar medicina e eu por aqui fiquei. Perdemos o contato, mas não o carinho e ontem ao revê-lo meu coração se encheu de saudade dos anos passados, saudades dos amigos que ficaram pelo caminho, perdidos no tempo e no espaço que chamamos de vida.

Eles se foram


Gente estou perdendo meus ídolos. Primeiro Michael Jackson que em vez de pegar um bom livro e ler enquanto o sono não vinha, se encheu de remédio e morreu de overdose.




Praticamente na mesma hora se ia à atriz e eterna loura das panteras, Farrah Fawcett, após ser vencida pelo câncer.




Semana passada foi o Patrick Swayze, também vencido pelo câncer. Impossível não falar nele sem lembrar dos passos sensuais de dança no filme Dirty Dancing e também do amor além da vida de Ghost, no entanto, o que mais me vem a memória mesmo, é aquele jeito de andar meio cambaleando, que só os cowboys americanos possuem e que nele vinham acompanhados de doces olhos azuis.



E hoje fico sabendo que a atriz Dirce Migliaccio, aos 72 anos se rendeu a uma pneumonia. De todas as Emílias do Sítio do Pica Pau Amarelo, foi ela quem melhor soube capturar o espírito espevitado e falante da boneca de pano de Monteiro Lobato.



Essas pessoas se fizeram presentes na vida de outras, mesmo sem conhecer. Marcaram época, fizeram história e agora deixam saudades.


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Nos fizeram acreditar

Recebi de uma amiga querida chamada Rosa Luiza, no email a autoria está atribuída ao eterno Beatle Jonh Lennon. Confesso que não fui checar para confirmar, mas sendo dele ou não, o texto vale a pena ser compartilhado.

Nos fizeram a creditar que amor mesmo, amor pra valer,
só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não nos contaram que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.
Nos fizeram acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a
vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar
nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta:
nós crescemos através nós mesmos.
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Nos fizeram acreditar numa fórmula chamada "dois em um", duas pessoas
pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação.
Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma
relação saudável.
Nos fizeram acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de
hora devem ser reprimidos.
Nos fizeram acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os
que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e
que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Nos fizeram acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos,
e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são
alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente.
Cada um vai ter que descobrir sozinho.
E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser
muito feliz e se apaixonar por alguém."
--

John Lennon

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A difícil vida no trânsito de Rio Branco


A vida do ser humano é tão cheia de rotinas que sem perceber ele já está envolvido em uma e não consegue sair. A vida se transforma apenas em deixar os filhos na escola, ir ao trabalho, buscar os filhos na escola, voltar ao trabalho, final do dia retornar para casa e só.


Essa semana casualmente sai dessa rotina que eu mesma me impus e fiz um caminho diferente, passei pela rua principal do bairro São Francisco e simplesmente fiquei maravilhada. Uma rua larga, asfaltada, obra do atual governo e sabem o que de melhor ela tinha, ou melhor, não tinha? Engarrafamento.

Vocês já perceberam como cada dia que passa está mais difícil andar de carro por Rio Branco? Sair de casa pra fazer uma gracinha de passear pelo simples prazer de passear de carro, nem pensar! Porque vai ser um estress tão grande que é bem capaz de terminar no consultório de um médico, beirando um ataque cardíaco.

A bem da verdade é que agora se tem muitas facilidades para compras de carros e eu não sou contra, o problema é que nossa cidade, ou melhor, nossas ruas, não estão preparadas para receber esse volume todo de carro. Ora, se formos pensar bem, somos filhos da borracha. A maioria de nossas ruas eram antigos caminhos que os seringueiros usavam para a extração do látex. Prova disso são as ruas estreitas ou cheias de curvas que herdamos.

Existe também o fato de que naquela época não se pensava em automóveis inundando as ruas. Então, não nos preparamos para isso. Hoje em dia, pode-se dizer que em cada casa de Rio Branco há no mínimo três carros, que se dividem: um para a mãe, outro para o pai e o terceiro para os filhos brigarem entre si e decidirem quem será a bola da vez que irá ficar ao volante.
Logo é fácil concluir, que o engarrafamento começa na hora de sair de casa. Soma-se ao engarrafamento do vizinho, da rua, do bairro e então temos um trânsito lento e motoristas mal humorados nem bem o dia começa.

Estacionamento então nem se fala. Eu tenho uma amiga que costuma brincar dizendo que aqui em Rio Branco cada pessoa sai em dois carros, pois sempre que ela tenta sair a noite para sentar em algum barzinho ou restaurante da cidade, não consegue estacionar próximo ao local devido a grande quantidade de carros, no entanto, dentro não tem tantos fregueses assim, que justifique a fila quilométrica de veículos ao longo da rua.

Brincadeiras a parte, acredito piamente que estamos próximos de viver um colapso em nosso trânsito e que em breve será necessário, não só pelo bem do meio ambiente, mas pelo nosso próprio bem, que se estabeleça um sistema de rodízio de carros. Quem sabe assim, voltemos ao velho hábito de reunir a família
em um mesmo carro, para que os pais cheguem ao trabalho e os filhos a escola.

* Texto publicado no Jornal Página 20 de 13/09/2009.