segunda-feira, 27 de abril de 2009

Selinho

Ganhei do Fred!



Tia

Quando eu ainda era criança e estudava a primeira série do antigo primário, tinha uma professora chamada Joana a qual eu depositava toda a minha confiança e amor, tanto que ao invés de chamá-la de professora eu a chamava de tia. Lembro-me que certa vez, ao me referir a ela como tia, meus avós me disseram que ela não era irmã nem do meu pai nem da mãe, por conseguinte, não era minha tia.

Fiquei refletindo sobre o questionamento deles e lhes respondi que mesmo ela não sendo parente eu gostava muito dela e eles entenderam que eu a tratava assim como forma de demonstração de todo o carinho que eu nutria por ela.

Anos se passaram e a adolescência chegou. Com ela meus avós ganharam inúmeros netos postiços. Todos os meus amigos os chamavam assim e nunca em nenhum momento eles reclamaram. Acho que foi só quando eles passaram a ser chamados de ‘vô’ e de ‘vó’ que entenderam o quanto de carinho um 'adjetivo' desse traz consigo.

Todos os pais passaram a ser tios dos amigos dos filhos e com os meus não foi diferente, muito menos com os pais dos meus amigos, assim como, nossos tios e os tios dos outros passaram a ser compartilhados.

No entanto, a pouco tempo atrás fui surpreendida com a tia de uma amiga, que ao ser chamada de tia, se sentiu muitíssimo ofendida. Tanto que chegou ao cúmulo de deixar de falar comigo pq eu num ato de demonstração de carinho e de consideração, cometi o ‘grande’ erro de chamá-la de tia.

O pior de tudo é que ela passou a virar o rosto cada vez que se depara comigo, (o detalhe de tudo é que trabalhamos no mesmo órgão, logo, vez ou outra nos encontramos nos corredores do prédio ou mesmo no horário de início ou término do expediente), quando bastava uma simples conversa dizendo que ela não se sente bem ao ser chamada de tia, mas, ao invés disso ela preferiu nutrir um ódio mortal pela minha pessoa que só teve a intenção de demonstrar consideração.

Isso tudo me remete aos colegas da minha filha, que quando não gostam de alguma atitude de alguém, simplesmente deixam de falar com a pessoa e não dizem o motivo. Essa semana mesmo ela chegou em casa e me disse que uma de suas amigas não estava mais falando com ela. Quando eu pergunto a razão ela me diz não saber e que simplesmente a amiga passou a ignorá-la.

Quando se tem 13 anos de idade, talvez ainda se aceite esse tipo de comportamento mas, quando se é mãe de um filho de mais de 20 anos, acho que é falta de maturidade mesmo.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Dewey um gato entre livros

Mesmo a leitura sendo um hobby caro, eu e minha filha Júlia o temos com gosto. Sobrou um dinheirinho e lá estamos nós rodando as livrarias da cidade em busca de algo novo para ler.

No mês passado não foi diferente. Passeando entre uma prateleira e outra encontrei um livro chamado Dewey um gato entre livros, de Vick Myron. Como agora, me tornei adoradora de gatos, logo me interessei. Resolvi dar uma lida na sinopse do livro e na primeira frase já dizia que era uma história real e, por ser real, era tão comovente. Pronto. Foi o que bastou para eu decidir que iria comprá-lo. História real e comovente é comigo mesma.

Corri para casa, toda empolgada, na ânsia de ler a história de um gatinho que fora abandonado ainda bebê na biblioteca pública de uma cidadezinha dos Estados Unidos, adotado pelos funcionários e que se tornou o grande ‘xodó’ dos moradores.

Abri o livro e a leitura não me atraia. Comecei a deixá-lo em segundo plano. Enrolava daqui, enrolava dali, e aos poucos, muito lentamente, fui chegando ao final do livro. Eu só pensava que por ter sido relativamente caro, era uma questão de honra ler até o fim. Porém, o fiz sem pressa. Eu lá queria saber da plantação de milho, ou da avenida comercial de Spencer, cidade localizada em Iwoa, EUA! E de que me interessava saber que a maioria de seus moradores eram fazendeiros? Que a comunidade era unida? E sobre a escola? Era muita informação de um lugar e de pessoas que eu nunca chegarei a conhecer. Eu queria mesmo era saber de Dewey e de suas aprontações. Somente ele me interessava.

Mas, mesmo minhas expectativas sendo somente para o gato, fui lendo, lendo, lendo, até chegar no capítulo 23. Daí pra frente, a história começou a me interessar. Além do drama particular da autora, ela começou a descrever a velhice do gatinho e com ela as doenças que apareceram. Foi chegando a surdez, a cegueira, os pêlos foram caindo, perdendo o brilho e assim por diante, até chegar o momento de seu falecimento. Gente eu chorei tanto, que só me lembro de ter chorado assim, quando assisti aquele filme chamado Um amor pra recordar. Ao fim do livro, a leitura valeu a pena, o que não me interessava antes, passou a ser conhecimento.

Eu aprendi que Iwoa é um estado dos USA e que tem a agricultura como base econômica, principalmente a plantação de milho. Que lá existe uma cidadezinha chamada Spencer, onde as fazendas eram propriedades familiares e que mesmo os EUA sendo um país de primeiro mundo, nos anos 60 ainda existiam banheiros fora de casa. Que mais tarde as fazendas familiares foram vendidas para grandes conglomerados e se tornaram grandes fazendas e começaram a produzir etanol.

Aprendi também que uma biblioteca não serve apenas como fonte de pesquisa. Ela serve também para ajudar e aproximar a comunidade e que deve estar sempre antenada nos problemas e nas necessidades da comunidade para poder propiciar serviços de primeira qualidade e que realmente atinjam seu público.

Quanto a emoção que eu buscava no livro eu consegui, afinal, eu ri, chorei e me comovi com um gatinho cativante, chamado Dewey.



segunda-feira, 13 de abril de 2009

Um aniversário, três comemorações


Além da festa surpresa que fizeram lá no trabalho para mim, ainda ganhei mais duas comemorações, uma no Inacio’s Restaurante e outra na novíssima Pizzaria do Patetão. Eu não tenho fotos das duas para compartilhar com vcs, mas posso descreve-las.

A festa no Inácio’s, foi idealizada e realizada pelas minhas amigas de longas datas. Estavam lá, Suely, Bila, Mirna, Mabel, Lidi, Salu, Cydia, Márcia, Carmô, tia Geilda e tia Heledirce, além dos respectivos maridos e/ou namorados.

Foi bacana, pq se fizeram presentes somente pessoas que realmente me são muito queridas e as quais convivo a pelo menos uns 15 anos. Esse é meu círculo de amizades fora do trabalho e da faculdade. É com elas que eu sento pra falar besteira, tomar uma cervejinha gelada, chorar no ombro, agradecer as vitórias e compartilhar a vida.

Tive até um clipe com fotos de mil novecentos e lá vai pancada, carinhosamente editado pela Bila. Gente, eu vou confessar, é muito bom ver fotografias, principalmente as antigas, nos trazem de volta tempos passados, recordações de momentos vividos e que foram congelados pela imagem.

Já lá na Pizzaria do Patetão eu comemorei com a Fran, o Fred e o Samuel, além da Júlia e do Aires, é claro. A Fran é certeza de um bom papo sempre. Ela consegue ser inteligente e divertida, foge do clichê de que pessoas inteligentes são caladas e mal humoradas. Com ela é possível ter um papo cabeça divertido.

O Fred é o melhor amigo da Fran, fiquei amiga dele por tabela, mas, como eu gosto dele! Só ele nesse mundinho de meu Deus me chama de Lilica. E o Samuel? Eu nem sei como foi, só sei que de repente ele já fazia parte da minha vida.

No entanto, com tantas festas, o meu maior presente é ter na vida essas pessoas, sejam elas recém-chegadas ou moradores antigos, todos têm seu espaço cativo no meu coração.
PS: A pintura da mandala acima é obra minha. Vejam bem, eu disse a pintura e não o desenho.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Festa surpresa

Ganhei festa surpresa de aniversário lá no trabalho, com direito a salgadinho (que eu amo), bolo de aniversário (que a mulher que ia fazer, trocou a data e NÃO FEZ, mas nada que o supermercado Araújo não resolvesse), refrigerantes (de todas as marcas) e o mais importante: pessoas queridas, as quais tenho o prazer de trabalhar oito horas por dia e cinco dias na semana.
Refrigerante, bolo e salgadinho, quer coisa melhor?

Cortando o bolo.

O primeiro pedaço de bolo foi para a gravidíssima Ana Flávia, ô medo do tersol!

Ela foi.

A equipe que trabalha comigo: Rudá, Márcia, euzinha, Rachel e Moraes.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Hoje é meu aniversário!


Hoje é meu aniversário!
Muitas coisas mudam em um dia, que dirá em 35 anos.
Por exemplo, ha dois meses atrás eu não era formada.
Ha um ano eu não tinha noivo.
Ha três anos eu estava desempregada.
Ha dez anos eu tinha o abraço da vovó pra me proteger da vida.
Ha 13 anos eu não era mãe.
Ha 20 anos eu estava em plena adolescência.
Ha 30 anos eu não sabia ler.
E ha 35 anos eu não era nem nascida.
Hoje eu sou mulher, profissional e mãe.
Mas continuo sendo a menina danada e alegre que adorava brincar.
A filha do Zé e da Janne.
A neta do Higino e da Marinha e do Antônio e da Gisa.
Aquela mesma que sonhava em ser professora
E que junto com o Xou da Xuxa mudou para veterinária
Para finalmente se formar em jornalismo.