Não tem coisa melhor que reencontros. Ontem casualmente topei na rua com um grande amigo de escola. Estudamos juntos desde a quinta série. Éramos uma turma da pesada (como toda turma de adolescente é).
Mas o Rogério era e ainda é um ‘figuraça’. Durante nossa vida escolar no Instituto Imaculada Conceição – CNEC, tínhamos uma professora de matemática que na hora da chamada só dizia JR, referência ao nome dele que na verdade é José Rogério.
Crescemos juntos, vimos a puberdade se manifestar uns nos outros e seguimos adiante na adolescência, rumo ao segundo grau. Escolhemos o mesmo colégio, META. E foi só lá que percebi o quanto o Rogério era inteligente e esforçado, após ter sido selecionado pelo Banco do Brasil para ser um menor estagiário. Eu achava o máximo, ter um amigo que tinha obrigações mais sérias do que jogar bola depois da aula.
Minhas primeiras saídas noturnas foram em companhia dele e de sua mãe, que coberta de paciência, passava na casa de um por um e nos levava aos lugares, não só levava, mas também dividia mesa com a gente. Foi com eles que eu conheci o falecido Nosso Clube e outros lugares boêmios.
No meio da estrada ele foi embora cursar medicina e eu por aqui fiquei. Perdemos o contato, mas não o carinho e ontem ao revê-lo meu coração se encheu de saudade dos anos passados, saudades dos amigos que ficaram pelo caminho, perdidos no tempo e no espaço que chamamos de vida.
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