sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Um olhar distante

Sentada em um banco do calçadão, Bela observava o movimento das pessoas. Algumas com pressa, outras nem tanto. De repente, não menos que de repente ela avistou Eduardo. Ele caminhava lentamente. Parecia que vinha contando os passos. Caminhava tão distraidamente que tomou um susto ao ver a figura de Bela sentada logo depois da curvinha. Justamente no mesmo banco onde costumavam passar horas namorando.

A princípio, ambos não sabiam se cumprimentavam ou se fingiam que não tinham se visto. Nessa indecisão passaram algumas frações de segundos, mas, que para ambos, pareciam intermináveis horas.

Eles se olharam, mas um olhar distante, como se não se conhecessem. Nenhum sorriso, nenhuma palavra. Entre o burburinho dos transeuntes e o barulho do mar, as alegrias e o carinho compartilhados pareciam nunca ter existido.

Ela então começou a lembrar dos beijos e abraços que costumavam trocar, ficou tão aérea pensando no término do namoro que nem viu que seu namorado se aproximava. Ao ser beijada, despertou de seus pensamentos e sorriu, mas, sorriu triste, pois, no fundo sabia que ainda amava Eduardo.

* Jannice Dantas

terça-feira, 26 de agosto de 2008

'Fufoco'

De julho para cá ocorreram algumas mudanças no meu mundo acadêmico. Ha dois meses atrás eu estudava em uma faculdade localizada as margens do Parque da Maternidade e bem próxima da minha casa, coisa de cinco minutos de carro.

Hoje, após um grupo de ensino superior comprar minha faculdade, fomos transferidos para uma cidade universitária. E essa é a parte boa de tudo. Pq lá temos uma grande estrutura ao nosso dispor. A praça de alimentação mais parece uma praça de shopping, as salas são novas, cadeiras acochadas, ar-condicionado funcionando, enfim, toda a regalia. Porém, para se chegar a essa regalia toda é necessário passar por um longo e tortuoso caminho.

Ontem sai de casa às 18:30 achando que tava saindo super cedo. Que nada! Peguei um engarrafamento, antes da FIRB, gastei mais de meia hora da minha casa até a faculdade. Chegando lá, não encontrei vaga dentro do estacionamento, atropelei uma placa, tive que estacionar do lado de fora da faculdade, caminhei mais de 10 minutos até chegar à porta da sala de aula, tendo que subir dois andares de escadas que infelizmente não eram rolantes e enfim constatar que haviam transferido minha turma de sala, mas não tinha nada na porta indicando isso.

Sem setas para seguir ficou meio difícil adivinhar o novo local, até pq meus super poderes de adivinhações apresentaram defeito justamente na segunda-feira (deve ser pq afinal segunda é o dia nacional da preguiça), sendo assim, resolvi telefonar para o secretário da coordenação que me informou que estava de férias e nada podia fazer. Resolvi então, parar na porta da sala e pedir a todos os colegas que chegavam para abrir a porta e conferir se realmente não era a nossa sala. Minha intenção era mesmo incomodar a turma que lá estava e que nada tinha com nosso problema, para que alguém reclamasse na coordenação. (hihihi)

Bom, 20 minutos atrasada (mesmo tendo saído de casa cedo), finalmente consegui entrar em sala de aula e ver que nova brincadeira já estava para começar. Depois da brincadeira de esconde-esconde, agora estava chegando a hora de fazer a dança das cadeiras. Tratei logo de sentar e colocar toda a minha bagagem em uma cadeira ao lado, para que minha amiga Francielle, que a essa altura, rodava igual peru em véspera de natal atrás de um lugarzinho que fosse p estacionar seu carro, chegasse.

Finalmente muito bem instaladas assistimos a um documentário excelente sobre a preservação de quelônios e depois retornamos a fim de encontrar nossos carros, que claro, não lembrávamos onde tínhamos largado. Foram mais 20 minutos de caminhada até o carro e juro a vcs que só às segundas-feiras eu queria ter uma moto (e claro, saber guiá-la), para não precisar passar por esse “Fufoco”.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Relacionamentos

Recebi esse email da minha amiga Karine. Adoro o Jabor. Adoro a maneira como ele escreve. Adoro seus textos. Adoro sua visão bem humorada das coisas. Abaixo o texto, LEIAM:


Relacionamentos
(Arnaldo Jabor)

Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah, terminei o namoro... '
- 'Nossa, quanto tempo?'
- 'Cinco anos... Mas não deu certo... Acabou'
- É não deu..?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... E se o beijo bate... Se joga.. Senão bate... Mais um Martini, por favor... E vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra..
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa ta com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.

Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.

E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim... Quem disse que ser adulto é fácil?

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Pesar

Acabei de saber do falecimento da Dra. Tapajós. Mulher de fibra e coragem. Lutou muitos anos contra um câncer. Dra. Tapajós era juíza e atuou muitos anos na Vara da Infância e Adolescência. Era referência quando o assunto era criança e adolescente. Eu a conheci há muitos anos atrás, quando eu estudava no Meta e fiquei amiga de um de seus filhos. Com certeza ela fará muita falta.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Não é piada

No final do ano passado eu deixei o número do meu telefone em uma loja de roupas íntimas para que me telefonassem assim que chegasse um modelo de sutiã que eu estava querendo. Sete meses depois, meu telefone toca, atendo e uma moça do outro lado da linha se identifica como sendo funcionária da loja e diz que o sutiã que eu queria chegou. Prá falar a verdade eu não me lembrava muito bem qual era o tal modelo, afinal, sete meses não são sete dias, mesmo assim resolvi ir até a loja. Afinal se há sete meses eu queria comprar, com certeza tbm iria querer comprar agora. Na época deixei além do número do telefone, o tamanho que visto e tbm o modelo que eu queria. Agora vamos ao diálogo e vcs tirem suas próprias conclusões.

- Oi, vcs me telefonaram dizendo que chegou um sutiã que eu tava querendo. Meu o nome é Jannice.

- Isso, nós ligamos.

- Ok, eu gostaria de ver.

(momento de espera...)

- Mas esse é pequeno, eu quero um tamanho 44.

- 44 nós não temos.

- Hã?

Emoções

Sinto tanto que eu só tenha vindo a conhecer um pouco de Dorival Cayme agora que ele faleceu (e justamente pelo fato de ele ter falecido). Claro que eu sabia que existia um cantor e compositor que se chamava Dorival Cayme, também tinha conhecimento de seus filhos (que ao que parece são todos cantores) e de algumas de suas músicas. Mas, me apaixonei por ele quando soube que ele teve um único grande amor e com ele se casou e teve filhos. Construiu sua vida ao lado desse amor e foi por ele que Dorival lutava ferozmente contra um câncer há muitos anos. E foi justamente a ausência desse amor que o levou a desistir da vida. Sua esposa entrou em coma e ele não suportou a saudade. Parece estória de cinema.

***

Comoção total com o Diego Hipólito. ‘Tadinho’. Treinou tanto. Teve que fazer uma cirurgia conseguiu se recuperar e ai, bem na hora final da apresentação ele cai. A cara dele de frustração e choro me emocionou muito e junto com ele eu chorei.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Sábio conselho

Esse email já passou por minha caixa postal várias vezes. Todas elas eu li e depois apaguei. Hoje resolvi fazer diferente e vou compartilhar com meus poucos leitores, alguns, amigos de longas jornadas outros de curtas caminhadas e ha também, aqueles que não conheço mas que por força do google passam por aqui. Leiam:

Um jovem recém casado estava sentado num sofá num dia quente e úmido,bebericando chá gelado durante uma visita ao seu pai. Ao conversarem sobre avida, o casamento, as responsabilidades da vida, as obrigações da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho.

- Nunca esqueça de seus amigos, aconselhou! Serão mais importantes na medida em que você envelhecer. Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos. Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles, faça coisas com eles; telefone para eles...

Que estranho conselho! Pensou o jovem. Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto. Com certeza minha esposa e a família que iniciaremos serão tudo que necessito para dar sentido à minha vida! Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e anualmente aumentava o número de amigos.

Na medida em que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava. Na medida em que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e mistérios sobre um homem, amigos são baluartes de sua vida.

Passados mais de 50 anos, eis o que aprendi:

O Tempo passa. A vida acontece. A distância separa. As crianças crescem. Os empregos vão e vêem. O amor fica mais frouxo. As pessoas não fazem o que deveriam fazer. O coração se rompe. Os pais morrem. Os colegas esquecem os favores. As carreiras terminam. MAS, os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros estão entre vocês. Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, abençoando sua vida!

Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante. Nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Acesso livre

Em cidade pequena acontece cada coisa que parece duas. No mês de julho Rio Branco respira o mundo country. Durante oito dias o assunto da cidade é a EXPOACRE, uma espécie de feira de agronegócios. Quem não montou sua barraquinha, está fazendo bico ou passeando por lá durante esse período.

Uma cavalgada marca a abertura da EXPOACRE. Nessa cavalgada cada comitiva se prepara para ser a melhor. Além dos tradicionais cavalos também vão muitos caminhões, transportando algumas das comitivas. Cada comitiva faz sua camisa para diferenciá-la das demais. Para isso o componente paga um valor que também está embutido o preço das cervejas, da alimentação, do aluguel do caminhão, do som, da decoração, enfim...

Ocorre que uma certa pessoa que faz parte da imprensa local, se sentiu ofendida ao ser solicitado que ela se retirasse de um desses caminhões pq não havia pago o valor que todas as demais pessoas dentro do caminhão haviam pago.

Comentários rolaram dos quatro cantos da cidade. Alguns sem pé nem cabeça:

1) Aquilo era uma festa pública, ela não poderia ser expulsa do caminhão.

Meu comentário é o seguinte: Aquilo realmente era uma festa pública, mas, FORA do caminhão pra lá. DENTRO do caminhão é outra estória, só entra quem paga.

2) Ela é da imprensa, poderia ficar.

Minha opinião: Só aqui no Acre mesmo que imprensa tem acesso livre. Nas outras cidades do Brasil ela só entra quando é convidada. Além do mais, pelo que sei não se bebe em trabalho e a tal pessoa já estava tão à vontade dentro do caminhão que já estava até tomando umas latinhas de cerveja (que, aliás, diga-se de passagem , ela fez ‘questão’ de pagar, mas o que a pessoa não entendeu é que nesse caminhão não se vendia cerveja, as cervejas eram dadas a todos os membros que pagaram 80 reais pela camiseta, que aliás era essencial para se estar lá dentro, coisa que a pessoa da imprensa não tinha, mas se achou no direito de usufruir justamente por ser da imprensa. Desse jeito eu to bem na fita pq final do ano estou me formando em jornalismo, logo os eventos culturais não mais abalarão meu bolso.

Gente, vcs acreditam que isso gerou até notinha em coluna social? Bem fez a diretoria dessa comitiva que deu calado como resposta.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Buááá

Tbm ganhei selinho do Fred, mas continuo sem conseguir postar aqui. Breve colocarei p vcs verem.