quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Do bom e do melhor

Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".

Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.

O bom, não basta.

O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".

Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante.

Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.

O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.

Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.

Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários. Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos.

Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente.

Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa?

E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?

O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"? Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro?

O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?

Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.

A casa que é pequena, mas nos acolhe.

O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito.

O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".

As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo.

O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.

O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer. Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?

(Leila Ferreira)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pensando positivo

"O otimismo na dificuldade reduz o mal à metade".

(Plauto)

A princesa e a bruxa

Era uma vez uma princesa, muito alegre e feliz. Um dia a princesa conheceu uma bruxa velha e solitária. Ela se penalizou com a solidão da bruxa e até nutriu um sentimento de empatia.

Mas a bruxa, talvez por ter sido bruxa a vida inteira, não sabia como tratar os outros com respeito e educação. Só falava gritando, ameaçando e humilhando.

A princesa aos poucos foi se afastando, no entanto, houve uma grande revolução no reino e a bruxa passou a governá-lo. Desse dia em diante a alegre princesa passou a viver sobre as ordens da bruxa má.
No começo a doce princesa, que sempre acreditava no lado bom das pessoas achou que conseguiria levar uma vida tranqüila no seu antigo reino. As coisas caminhavam tão bem que um dia a bruxa chamou a princesa para uma conversa e disse:

- Princesa, estou gostando muito de compartilhar meu reino com você. Enquanto eu governar, você estará à salva de qualquer mal. Pode confiar em mim!

A princesa confiou e até recusou o convite para ir morar em outro reino. No entanto, algum tempo depois, a bruxa chamou novamente a princesa e disse:

- Princesa, resolvi mudar as regras no reino. Você deixará de ser princesa, pois eu quero outra pessoa vestindo suas roupas, no entanto, terá que acenar para o povo como se princesa ainda fosse. Espero que você não se importe nem se magoe, pois mesmo sendo bruxa, sou muito apegada a religião e me sinto mal tendo que fazer isso com você, mas acontece que dividi o reino ao meio e quero que a princesa do outro lado esteja sempre bonita e alegre para os novos súditos e como você já sabe como é ser princesa não vão ser as roupas que vão fazer a diferença.

A bruxa não percebeu que ao tirar as roupas de nobreza, ninguém mais reconheceria a princesa e que por mais que continuasse sorrindo e acenando ninguém iria retribuir.

No entanto, a princesa mesmo resignada, seguiu em frente e até os dias de hoje, ainda se vê naquele reino encantado, uma humilde camponesa, sorrindo e acenando como se fosse uma bela princesa de contos de fada.

Desabafando

Às vezes, muitas vezes eu gostaria de ser menos razão e mais emoção.
Gostaria de ter coragem e mandar muitas coisas e pessoas para a casa ‘daquele cara’.
Arriscar mais!
Sofrer menos!


Os desafinados



Eu sou fã de bossa nova. Adoro João Gilberto, Nara Leão, Vinícios de Moraes, Tom Jobim, Carlos Lyra, João Donato e por ai vai. Com certeza esse gosto musical é influência de meu tio Arantes. Coisa fácil de ver é o som de músicas como lobo mau, copacabana, chega de saudade, se todos fossem iguais a você, e minha preferida: desafinado, ecoar pelos corredores de sua casa.


E ontem passeando pelos canais da sky me interessei pelo título de um filme. Chamava-se: Os desafinados. Li a sinopse e gostei mais ainda. Filme nacional, que conta a história de um grupo de amigos que sonha em fazer sucesso e ganhar dinheiro com a música. O filme é costurado pelo início do movimento da Bossa Nova e também da Ditadura no Brasil, aliado a um bom romance, onde ficamos na dúvida se torcemos pela esposa ou pela amante.

O elenco é bom. Minha maior surpresa foi ver o Jairzinho do Balão Mágico, agora Jair Oliveira atuando. Matei a saudade do tempo em que ele cantava: “...Sou Jairzinho, também tô nesse balão...”, Angelo Paes Leme, na minha opinião um dos grandes atores dessa geração, mas que é pouquíssimo aproveitado, Claudia Abreu, linda como nunca e dando um banho de interpretação, pena que ela não canta e sua voz teve que ser substituida pela de Branca Lima, durante as cenas de músicas, a Alessandra Negrine, antipática como sempre, o impagável Selton Melo, um ator que eu não conhecia chamado André Moraes e o Rodrigo Santoro, que nesse filme fala e ainda por cima em inglês e que teve que aprender a tocar piano para compor seu personagem.

Gostei do que assisti. É filme com história, sem apelação e ótima trilha sonora.

Indico!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Eu sinto falta

da gargalhada da Karine


da serenidade da Joana e


das brincadeiras da Ângela.

Eu aprendi, se você ainda não aprendeu, aprenda também

Quando eu tinha três anos de idade meus pais se separaram. Não tenho nenhuma lembrança de nossa vida em família. Não lembro do bairro em São Paulo, nem do apartamento no Rio de Janeiro.


Cresci assim, filha de pais separados, mas cresci feliz. Tive avós que cuidaram de mim como se fossem meus pais. Amaram-me, educaram-me e ensinaram-me, mesmo quando eu não queria aprender.

E foi com eles que aprendi que meus problemas particulares jamais devem interferir na vida profissional; Que gritar com alguém não vai diminuir o tamanho dos meus problemas; Que ser grosseiro e mal-educado, não me causará alívio; Que por maior que sejam as dificuldades do dia, a volta pra casa e o olhar nos olhos de quem amo é uma sensação maravilhosa; E que mesmo caindo no velho clichê, realmente a família é a base de tudo o que temos na vida.

Algumas coisas eu aprendi tarde demais, outras muito cedo. Mas aprendi. E hoje procuro repassar, claro que repaginados, travestidos de modernidade para a minha filha, mas os valores são iguais, pois como dizia Belchior: ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais.

Provérbio popular

Se ainda não acabou é porquê esse não era o fim!

Fico no aguardo de que termine.

Efeito dominó

Em alguns momentos a vida da gente vai tomando um rumo que mais parece aquelas apresentações de quedas em seqüências, sejam de baralho ou de dominó. Por mais esforço que se faça, na tentativa de pará-las, as cartas e as pedras continuam a cair empurrando as da frente. O ritmo vai acelerando...acelerando...acelerando... No entanto, sempre chega a última peça. E de novo tudo volta a ser calmaria.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Furtado do Blog da Manu

"Vida, amor e chocolate são mais saborosos quando compartilhados".
* Cindy Hess Kasper

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Espalhe


Nos idos de antigamente

O efeito do progresso na vida das pessoas é uma coisa interessante de se observar. Além das novidades que são trazidas para dentro de nossas casas ele também altera nossos costumes. Quem tem mais de 35 anos com certeza deve lembrar de coisas que se costumavam fazer e que hoje nem se fala mais.


Os vizinhos ainda tinham o hábito de sentar na frente das casas para conversar e as crianças ainda brincavam de elástico, pedrinha, bambolê, cordinha, manja, esconde-esconde, e muita bola no meio da rua.

Hoje é todo mundo muito ocupado. Falar com o vizinho só se casualmente encontrarmos com ele enquanto entramos ou saímos de casa. Brincar na rua é uma ofensa para nossas crianças, já que virtualmente podem brincar de tudo. A internet ta aí pra isso mesmo.

Alguém a ainda se lembra da feirinha de artesanatos que tinha todos os domingos? Começou na praça em frente ao Estádio José de Melo e depois foi para trás do Palácio Rio Branco. Depois da missa, lá era o ponto de encontro da moçada. Funcionava no máximo até as 22 horas, depois disso todo mundo retornava as suas casas.

Depois disso veio o hábito de ir passear no estacionamento do 14 Bis. O Domingo era o dia de maior concentração. Depois das 16 horas ficava lotado. Tinha gente que ia de moto, de carro, de bicicleta e até a pé. O importante era estar lá. O local também se transformou no favorito para os namorados.

Se você dirigia, era jovem e queria ser visto, o local era ideal era passear pela Cohab do Bosque. Quem determinou esse itinerário não sei, mas sei que todo mundo fazia.

Cinema? Só em datas comemorativas como dia dos namorados e assim mesmo para assistir Dio, come ti amo e semana santa para assistir Marcelino pão e vinho. O detalhe é que todos os anos eram os mesmos filmes e o mais engraçado era que lotava.

Nessa época tínhamos arraial e não festival de cultura ou festa julina. As férias de julho duravam 30 dias e as do final do ano três meses (e nem por isso as crianças aprendiam menos).

As empresas aéreas ainda serviam comida e ofertavam, em forma de empréstimo, talheres de inox, cobertas e travesseiros para seus usuários.

Os jovens de hoje costumam fazer seus lazeres em pátios de postos de combustíveis, bebendo cerveja, escutando músicas em volume máximo, para desespero dos pais e dos que moram nas proximidades dos postos.

Não se fazem mais amizades em sala de aula, mas sim, em quartos, através de msns e sites de relacionamentos. O interessante é ver esses amigos virtuais passarem um pelo outro sem ao menos dizer um “oi”. É a frieza nos relacionamentos dos tempos modernos que está chegando também ao Acre, mesmo sendo uma terra de muros baixos.

* Texto publicado no jornal Página 20 de 20/09/2009.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Ao amigo Rogério

Não tem coisa melhor que reencontros. Ontem casualmente topei na rua com um grande amigo de escola. Estudamos juntos desde a quinta série. Éramos uma turma da pesada (como toda turma de adolescente é).

Mas o Rogério era e ainda é um ‘figuraça’. Durante nossa vida escolar no Instituto Imaculada Conceição – CNEC, tínhamos uma professora de matemática que na hora da chamada só dizia JR, referência ao nome dele que na verdade é José Rogério.

Crescemos juntos, vimos a puberdade se manifestar uns nos outros e seguimos adiante na adolescência, rumo ao segundo grau. Escolhemos o mesmo colégio, META. E foi só lá que percebi o quanto o Rogério era inteligente e esforçado, após ter sido selecionado pelo Banco do Brasil para ser um menor estagiário. Eu achava o máximo, ter um amigo que tinha obrigações mais sérias do que jogar bola depois da aula.

Minhas primeiras saídas noturnas foram em companhia dele e de sua mãe, que coberta de paciência, passava na casa de um por um e nos levava aos lugares, não só levava, mas também dividia mesa com a gente. Foi com eles que eu conheci o falecido Nosso Clube e outros lugares boêmios.

No meio da estrada ele foi embora cursar medicina e eu por aqui fiquei. Perdemos o contato, mas não o carinho e ontem ao revê-lo meu coração se encheu de saudade dos anos passados, saudades dos amigos que ficaram pelo caminho, perdidos no tempo e no espaço que chamamos de vida.

Eles se foram


Gente estou perdendo meus ídolos. Primeiro Michael Jackson que em vez de pegar um bom livro e ler enquanto o sono não vinha, se encheu de remédio e morreu de overdose.




Praticamente na mesma hora se ia à atriz e eterna loura das panteras, Farrah Fawcett, após ser vencida pelo câncer.




Semana passada foi o Patrick Swayze, também vencido pelo câncer. Impossível não falar nele sem lembrar dos passos sensuais de dança no filme Dirty Dancing e também do amor além da vida de Ghost, no entanto, o que mais me vem a memória mesmo, é aquele jeito de andar meio cambaleando, que só os cowboys americanos possuem e que nele vinham acompanhados de doces olhos azuis.



E hoje fico sabendo que a atriz Dirce Migliaccio, aos 72 anos se rendeu a uma pneumonia. De todas as Emílias do Sítio do Pica Pau Amarelo, foi ela quem melhor soube capturar o espírito espevitado e falante da boneca de pano de Monteiro Lobato.



Essas pessoas se fizeram presentes na vida de outras, mesmo sem conhecer. Marcaram época, fizeram história e agora deixam saudades.


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Nos fizeram acreditar

Recebi de uma amiga querida chamada Rosa Luiza, no email a autoria está atribuída ao eterno Beatle Jonh Lennon. Confesso que não fui checar para confirmar, mas sendo dele ou não, o texto vale a pena ser compartilhado.

Nos fizeram a creditar que amor mesmo, amor pra valer,
só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não nos contaram que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.
Nos fizeram acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a
vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar
nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta:
nós crescemos através nós mesmos.
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Nos fizeram acreditar numa fórmula chamada "dois em um", duas pessoas
pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação.
Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma
relação saudável.
Nos fizeram acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de
hora devem ser reprimidos.
Nos fizeram acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os
que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e
que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Nos fizeram acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos,
e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são
alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente.
Cada um vai ter que descobrir sozinho.
E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser
muito feliz e se apaixonar por alguém."
--

John Lennon

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A difícil vida no trânsito de Rio Branco


A vida do ser humano é tão cheia de rotinas que sem perceber ele já está envolvido em uma e não consegue sair. A vida se transforma apenas em deixar os filhos na escola, ir ao trabalho, buscar os filhos na escola, voltar ao trabalho, final do dia retornar para casa e só.


Essa semana casualmente sai dessa rotina que eu mesma me impus e fiz um caminho diferente, passei pela rua principal do bairro São Francisco e simplesmente fiquei maravilhada. Uma rua larga, asfaltada, obra do atual governo e sabem o que de melhor ela tinha, ou melhor, não tinha? Engarrafamento.

Vocês já perceberam como cada dia que passa está mais difícil andar de carro por Rio Branco? Sair de casa pra fazer uma gracinha de passear pelo simples prazer de passear de carro, nem pensar! Porque vai ser um estress tão grande que é bem capaz de terminar no consultório de um médico, beirando um ataque cardíaco.

A bem da verdade é que agora se tem muitas facilidades para compras de carros e eu não sou contra, o problema é que nossa cidade, ou melhor, nossas ruas, não estão preparadas para receber esse volume todo de carro. Ora, se formos pensar bem, somos filhos da borracha. A maioria de nossas ruas eram antigos caminhos que os seringueiros usavam para a extração do látex. Prova disso são as ruas estreitas ou cheias de curvas que herdamos.

Existe também o fato de que naquela época não se pensava em automóveis inundando as ruas. Então, não nos preparamos para isso. Hoje em dia, pode-se dizer que em cada casa de Rio Branco há no mínimo três carros, que se dividem: um para a mãe, outro para o pai e o terceiro para os filhos brigarem entre si e decidirem quem será a bola da vez que irá ficar ao volante.
Logo é fácil concluir, que o engarrafamento começa na hora de sair de casa. Soma-se ao engarrafamento do vizinho, da rua, do bairro e então temos um trânsito lento e motoristas mal humorados nem bem o dia começa.

Estacionamento então nem se fala. Eu tenho uma amiga que costuma brincar dizendo que aqui em Rio Branco cada pessoa sai em dois carros, pois sempre que ela tenta sair a noite para sentar em algum barzinho ou restaurante da cidade, não consegue estacionar próximo ao local devido a grande quantidade de carros, no entanto, dentro não tem tantos fregueses assim, que justifique a fila quilométrica de veículos ao longo da rua.

Brincadeiras a parte, acredito piamente que estamos próximos de viver um colapso em nosso trânsito e que em breve será necessário, não só pelo bem do meio ambiente, mas pelo nosso próprio bem, que se estabeleça um sistema de rodízio de carros. Quem sabe assim, voltemos ao velho hábito de reunir a família
em um mesmo carro, para que os pais cheguem ao trabalho e os filhos a escola.

* Texto publicado no Jornal Página 20 de 13/09/2009.

suor

Gente, eu transpiro e não é pouco. Odeio chegar nos lugares encharcada de suor e o que é pior, continuar com o suor transbordando. É terrível ter que cumprimentar as pessoas com a cara melecada de tanto suor.

O suor é para homens, afinal eles jogam futebol, trocam pneu de carro, instalam prateleiras e fazem o fogo para o churrasco. Vamos combinar que Deus quando criou a mulher deveria ter tirado da lista o suor né? Assim ficaríamos mais tempo fresquinhas e perfumadas.

Dúvida

Alguém ai pode me responder porque no trânsito a fila só anda depois que o semáforo fecha?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Enquanto isso na hora do almoço

Enquanto eu cozinhava e a Júlinha arrumava a mesa para almoçarmos, rolou o seguinte diálgo:


Júlia: - Mãe, eu odeio essas crianças que se vestem iguais aos mc's e ‘pagam uma’ de rebelde. Odeio também esses meninos que cantam músicas, dizendo que estão sofrendo por amor, que estão apaixonados.

Eu: Calada, apenas escutando...

Júlia: - Você sabia que a gente só se apaixona de verdade depois dos 15 anos?

Eu: - Não.

Júlia: - Pois é, a gente só se apaixona depois dos 15 anos, esses caras nunca amaram de verdade. Eu nunca amei ninguém!

Eu: - E eu? Você não me ama?

Júlia: - Mãe eu te amo, mas não quero casar com você, né?

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Casa de Leitura Chico Mendes

Foi entre a lama da chuva e casas humildes que de longe avistei uma casinha pequenina que mais parecia saída de algum conto de fadas. A cerquinha, a varanda, os cômodos, por dentro e ao seu redor tudo era perfeito.
Ela se chama Casa de Leitura Chico Mendes e fica no bairro de mesmo nome. Lá as crianças e adolescentes encontram contação de histórias, recreações, músicas, recital de poesias e filmes.

Dentro cada coisinha tem seu lugar. Os fantoches, os livros, os joguinhos. É tudo tão arrumado que quando me vi lá a primeira coisa que me veio a cabeça foi o Sítio do Pica Pau Amarelo. “Só falta a Dona Benta, Tia Nastácia, Narizinho, Pedrinho, Emília e o Visconde de Sabugosa”, pensei.

O ambiente é lúdico, mágico, especial. Realmente fiquei comovida com a dedicação das pessoas que lá trabalham e principalmente com o interesse pela leitura que foi despertado nas crianças. Crianças que preferem estar lá, a ficar brincando nas ruas.

Sabe quando você assiste nos desenhos animados as mocinhas rodando encantada com o que estão vendo? Assim aconteceu comigo. Na época em que fui lá, eu havia sido escalada para fazer uma matéria sobre o local, antes de ir dei uma pesquisada mais ou menos para saber o que era e tal e qual não foi minha surpresa ao encontrar um lugar tão aconchegante. As crianças ficam tão envolvidas na leitura que por lá não se ouve choros ou gritos, que são típicos dessa fase da idade.

Semana passada, um professor dentro da sala de aula fez a seguinte pergunta a minha turma de pós-graduação: O que nós temos de bom no Estado que podemos mostrar a população?
Bom, acho que a Casa de Leitura Chico Mendes é uma dessas coisas boas que podemos e temos que mostrar não só para a população acreana, mas, para todos, ‘quizá’ o mundo, ficasse sabendo que num bairro onde moram pessoas menos favorecidas socialmente, existe um lugarzinho encantado, que leva crianças para dentro do mundo da leitura. E que lá elas viajam mundo a fora sem sair do lugar.

Essa é uma das coisas que enche o peito da gente de orgulho. Poxa, quisera eu ter perto da minha casa, um lugar desse para minha filha freqüentar. Parabéns ao professor Gregório Filho, cabeça pensante e coração pulsante do projeto. Parabéns a coordenadora da casa, Maria Antônia, aliás, minha companheira de escola, dos tempos em que eu dava aula na educação infantil e parabéns ao Daniel Zen, presidente da Fundação Elias Mansour, que sabem tão grandemente, como zelar essa casa que mais parece saída do mundo da imaginação.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Amigos sob o olhar de Machado de Assis

Recebi esse poema da minha amiga Karine por email. Segundo ela a autoria é de Machado de Assis. Achei lindo. Compartilho aqui com vocês:
BONS AMIGOS

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Bendito os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!