segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Eu aprendi, se você ainda não aprendeu, aprenda também

Quando eu tinha três anos de idade meus pais se separaram. Não tenho nenhuma lembrança de nossa vida em família. Não lembro do bairro em São Paulo, nem do apartamento no Rio de Janeiro.


Cresci assim, filha de pais separados, mas cresci feliz. Tive avós que cuidaram de mim como se fossem meus pais. Amaram-me, educaram-me e ensinaram-me, mesmo quando eu não queria aprender.

E foi com eles que aprendi que meus problemas particulares jamais devem interferir na vida profissional; Que gritar com alguém não vai diminuir o tamanho dos meus problemas; Que ser grosseiro e mal-educado, não me causará alívio; Que por maior que sejam as dificuldades do dia, a volta pra casa e o olhar nos olhos de quem amo é uma sensação maravilhosa; E que mesmo caindo no velho clichê, realmente a família é a base de tudo o que temos na vida.

Algumas coisas eu aprendi tarde demais, outras muito cedo. Mas aprendi. E hoje procuro repassar, claro que repaginados, travestidos de modernidade para a minha filha, mas os valores são iguais, pois como dizia Belchior: ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais.

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