sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Era uma vez no reino de Encantolândia

Era uma vez um reino encantado. Por lá tinham fadas, duendes e gente má também. Esse lugar era chamado de Encantolândia e era governado por um rei muito bom e educado.

Certo dia, o rei acordou com uma vontade danada de não ser mais rei. Colocou umas mudas de roupa na sacola, pegou algumas frutas, seu cavalo e partiu de Encantolândia em busca de novos conhecimentos, novos lugares e novas pessoas. Ninguém nunca mais ouviu falar dele.

O povo ficou em polvorosa, na ânsia de saber quem assumiria o reino no lugar do bom rei. Após uma reunião na corte, decidiram que Encantolândia agora, teria uma rainha. E logo a coroaram em uma grande festa.

A nova rainha, já era governante de um pequeno povoado ao lado e não quis abrir mão dele, acumulou assim dois países.

Pouco tempo depois, o rei do país vizinho morreu. Tragédia. Não tinha família. Ninguém para assumir a coroa do reino. Em grande assembléia decidiram que iriam convidar a poderosa rainha de Encantolândia. Quem governa dois governa três, eles pensaram.

E assim o fizeram, convidaram a rainha que prontamente aceitou. No entanto, eram três reinos distintos. Todos com suas necessidades e peculiaridades. A rainha começou a deixar Encantolândia de lado. Não aparecia mais as reuniões da corte e decidiu que nem lá iria mais. Governaria de longe.

O povo de Encantolândia ficou decepcionado, principalmente porque a rainha mostrou-se uma tirana. Deu títulos de nobreza a seus amigos, mesmo sendo eles pessoas de má índole, extremamente venenosos e fofoqueiros. E era somente a eles que ela ouvia.

Qualquer queixa ou mesmo fofoca deles, a rainha mandava logo punir. Não se importava se a pessoa era inocente ou culpada. Cortem-lhe a cabeça! Joguem no calabouço! Ordenava ela.

Muitos inocentes morreram. O povo ao perceber que a rainha não tinha nada de imparcialidade e que ela não ligava mais para Encantolândia, cruzou os braços. A rainha como não ia mais lá, nem percebeu.

A rainha começou a perder aliados. Até mesmo seus amigos estavam se afastando. O poder subiu-lhe a cabeça, falavam eles. Cansada e sozinha ela seguiu em frente, abusando da indelicadeza, da má-educação e da injustiça.

Porém, nas primeiras horas de uma manhã chuvosa, ela sucumbiu as suas maldades. Morreu. No enterro compareceram poucas pessoas, que estavam lá, chorando muito mais pelo título que iriam perder, do que pela morte da rainha.

Triste fim.

2 comentários:

  1. Postagem intensa.
    Gostei do seu espaço.
    Certamente voltarei...

    Abraço!

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  2. Às vezes, acontece isso conosco.
    Nos tornamos tão cheio de nós mesmos e acabamos esquecendo dos outros.
    Resultado: Nos tornamos pessoas sem amigos e infelizes.
    Adorei a história.
    Bjo ;*

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