quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Onde estão os mocinhos?

Então a Natalie Lamour colocou as asinhas de fora?! A mocinha que só queria se dar bem na vida, que tinha um bom coração e até chegava a ser ingênua, quando soube que o marido havia colocado a casa onde moravam no nome da mãe dela, voltou correndo pra dar o troco no enteado e expulsá-lo de casa.


Será que em algum momento a moça percebeu que sua mãe, uma mulher trabalhadora e honesta poderia ser arrastada pra lama e até presa por causa da esperteza do marido dela? Se fosse uns dois capítulos atrás eu até diria que não, mas agora minha resposta é sim.


Sim, ela sempre soube das bandidagens dele; Sim, ela sabe que a mãe pode ser presa a qualquer momento, mas e daí? O importante é seguir aproveitando tudo de bom que o dinheiro puder comprar. Não importa se para isso seja necessário ir para cama com um homem enquanto seu marido está na cadeia, não importa jogar charminho pro carcereiro, não importa expulsar de casa o dono de fato, não importam nem os conselhos da mãe.


Aquelas armações para se dar bem, onde ela conseguia jogar as concorrentes umas contra as outras para depois sair sozinha na capa da revista, já eram. Afinal, com o passar do tempo a gente vai se especializando, se aperfeiçoando e foi isso que ela fez. De golpe em golpe, chegou onde está, e nem se quer se importa com o risco que está correndo ao viver ao lado de um homem tão inescrupuloso quanto aquele.


Engraçado como nós vamos nos envolvendo e torcendo para que a vingança dê certo. Outro dia até escrevi sobre isso, mas a personagem em questão era a Norma. Hoje, sinceramente, pra mim já deu o que tinha que dar. A tão esperada e merecida vingança contra o Leonardo Brandão já está é enchendo o saco, pois enfim, também existem outros personagens precisando se vingar e até mesmo dependendo dessa vingança para que suas vidas voltem ao curso natural.


E cá pra nós, vocês acham que aquele tipo de humilhação da pagando alguma coisa? O cara ta escondido da polícia e do Cortez e depois de tudo o castigo dele é servir mesa e engraxar sapato? Francamente! Enquanto isso, a gente segue acompanhando o mal se dando bem. A Norma encheu a casa do Teodoro de bandidos; O mau caráter do Vinícius só aprontando e todo mundo achando que ele é um anjo de candura; E a tal da Natalie achando que tá por cima da carne seca. Só nos resta esperar as cenas dos próximos capítulos.


Mas mudando de assunto, semana passada fui ao Rio de Janeiro, coisa boa é aprender sempre mais e estar junto da família. Eu consegui unir estas duas coisas. Mas nunca tinha ido lá que não fosse em janeiro. O reencontro não foi como antigamente, dessa vez não tinha o sabor das férias, o calor do sol, o “descompromisso” do horário. Agora o tempo foi curto e o dia corrido, parecia outro Rio.


O fim de tarde foi menos descontraído, o frio insistiu em dizer que a qualquer momento estaria presente e a noite sempre chegava mais cedo. Foram exatos cinco anos sem ir lá e tudo ficou tão diferente. Não ouvi mais os gritos dos vendedores na praia que antigamente passavam gritando “olha o mate, olha o leão”, “Olha o biscoito salgado e doce” ou ainda “Olha o cuscuz e a cocada”.


Até mesmo o mar de Copacabana se modificou, está mais perto, tem menos areia entre o calçadão e a água. A Rocinha agora desceu do morro, ta rua fazendo fronteira com São Conrado. E mesmo com todas essas mudanças a paisagem continua linda e de tirar o fôlego, não é a toa que lá ficou conhecido por cidade maravilhosa. Bom domingo!


* Texto publicado no Jornal Página de 10 de Junho de 2011.























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