quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

É big... é big

 Hoje ele completa um aninho.


Pra comemorar, nada melhor que um bolinho!
 
Viva o Pedro Henrique!

O cheiro da saudade

Ultimamente ando vivendo de muitas recordações. 
Hoje senti esse cheiro e voltei mais de 10 anos atras.
Foi como sentir o abraço apertado que meu falecido tio Parigot costumava dar. 
Ê saudade!

sábado, 18 de dezembro de 2010

bife da vovó

Depois que ela se foi, nunca mais comi um bife como aqueles!
Ai que saudade da minha avó!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Eu saúdo dezembro

Começo com as palavras de minha querida amiga Emanuelle Modesto: “Eu saúdo dezembro.” Que ele venha trazendo a tolerância, o espírito de união, de amor e amizade que sempre se fazem presente nessa época do ano.


As pessoas são mais amigas, mais carinhosas e principalmente mais caridosas. É o espírito do natal que está no ar e invade os corações, fazendo despertar o desejo de ser uma pessoa melhor. Traz também expectativas de coisas muito boas para o próximo ano. E a gente até consegue melhorar como pessoa.

Em dezembro tudo fica mais bonito, mais iluminado, as casas são pintadas, as árvores são montadas e decoradas, por todos os lados tem enfeites natalinos. O vermelho toma conta do mundo, justo ele, a cor do sangue, do amor, da vida!

O papai Noel está em toda a parte, nos correios, na televisão, na loja, na esquina. O lúdico se faz presente e torna a vida bem mais suave. As matérias jornalísticas são repetitivas e as receitas culinárias também (rabanadas e peru). Mas tudo vale a pena, porque como canta a Simone então é natal, mais um ano termina e nasce outra vez. Natal pro rico e pro pobre, do velho e do novo e que seja feliz quem souber fazer o bem.

Dezembro é mês de Roberto Carlos, da Simone, dos programas especiais, o mês das promessas, das confraternizações e das reconciliações. Dezembro é o mês da retrospectiva e também dever ser o da introspecção, assim, poderemos avaliar como realmente nos comportamos durante o ano que finda e saberemos o que almejamos para o que se inicia.

É o mês de festejar, de comer, beber e engordar. É o mês do sagitariano e do capricorniano. É o décimo segundo e último mês do ano, é o fim e o recomeço de um ciclo da vida.

Desde a sua origem que o natal é carregado de magia. Dos templos religiosos a teatralização ganhou praças, ruas, vielas, carros ambulantes e muito mais. Todos imbuídos do mesmo sentimento de levar a todos a história de um menininho pobre que nasceu em um estábulo e que com sua fé e sabedoria se tornou o homem mais importante do mundo.

E que venha dezembro!

Seu lunga

O cara chega no meu trabalho e pergunta:
- Como vai ser esses dias que não vai ter expediente?
Se eu fosse o "seu" Lunga tenho certeza que responderia:
- Vai ser fechado!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dia de chuva

O dia hoje ta difícil.
O peito ta apertado.
A saudade ta doendo.
O choro vem fácil.
Basta lembrar.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Carolina Dantas Torchi

Era uma quarta-feira,  dia 27 de janeiro do ano de 2010, quando meu marido adentrou pela porta da sala onde trabalho, sentou na cadeira que fica a frente da minha mesa, olhou no fundo dos meus olhos e disse:
- Amor, tem uma menininha ali pra gente, vamos lá ver?
Nos primeiros dois minutos, eu não consegui compreender o significado da frase até que a ficha caiu e me toquei que se referia a adoção. A preocupação foi imediata, pois, embora adoção fosse um tema recorrente em nossas conversas, a casa não estava preparada para receber uma criança. Faltava berço, mamadeira, roupas, enfim, tudo.
Assim, no horário de almoço, partimos rumo ao que chamo carinhosamente de parto do coração. Ao chegar lá, encontramos a bebê dormindo um sono profundo. Foi amor imediato, após uma rápida conversa com a mãe biológica, pegamos a criança no colo e seguimos nosso novo caminho, com uma paradinha rápida no supermercado para comprar um kit básico.
Desse dia até hoje, muitas histórias aconteceram. Coisas que realmente teriam sido um fator favorável a desistência se realmente não houvesse amor, mas ontem, 25 de novembro de 2010, recebemos em nossas mãos, uma certidão de nascimento onde constamos como pai e mãe de CAROLINA DANTAS TORCHI´, uma simpática meninha de um ano e dez meses de idade, cabelos cacheados e o riso mais fácil que eu já vi na vida.

domingo, 14 de novembro de 2010

Tarauacá X Fazenda “São José”

Por José Higino
A fazenda “São José”, no município de Tarauacá, sempre foi considerada exemplo em termos de organização, além de muito visitada, tanto pelas pessoas da cidade, como por aquelas vindas de fora, podendo dizer-se que, mesmo entre as mais importantes personalidades que passaram, na época, pelo município, poucas foram aquelas que não estiveram por lá. Dentre as mais antigas, lembro-me do Coronel Mâncio Cordeiro Lima, isso quando eu ainda era menino, o qual, tendo vindo de Cruzeiro do Sul, liderando uma caravana política do partido Autonomista, em 1934, juntamente com seus correligionários, visitou a propriedade, ficando quase uma tarde inteira conversando com meu pai, certamente devido a afinidade existente entre ambos, como pecuaristas que eram, sendo ele, à época, segundo diziam, possuidor de um rebanho de mil cabeças de gado no município, enquanto meu pai era, ainda, apenas um principiante.
Um outro, entre os mais antigos visitantes, era o Dr. Rafael Dornelas Câmara, promotor público e chefe político do partido da Chapa Popular, que, com sua esposa D. Nini, além de compadres e amigos dos proprietários, eram grandes apreciadores dos leitões assados de forno e do doce de leite, uma deliciosa especialidade da dona da casa. 
O Juiz de Direito. Dr. Silveira de Castro, homem de grande cultura, era assíduo freqüentador da fazenda, inclusive para solver, pela manhã muito cedo, na hora do deleitamento das vacas, vários copos do saboroso leite mungido, depois do que percorria vários quilômetros de campo, munido de um longo cajado, fazendo o seu Cooper.
O Coronel Oscar Passos, quando deputado federal pelo território, e seu correligionário Dr. José Ruy da Silveira Lino, ambos com suas respectivas esposas Iolanda e  Nini, também estiveram por lá, ao tempo em que este articulista, temporariamente, dirigiu a propriedade, nos anos 50, onde foram homenageados com um almoço.
Dr.Mário Strano e sua esposa D. Odete, quando este foi promotor no município, também almoçaram, na mesma época, com este articulista.
Dr. José Lourenço Furtado Portugal, nas suas andanças assistenciais pela redondeza, como bom católico que era, pelo menos uma vez por semana passava por lá, ocasiões em que conversava, quase sempre, longamente com meu pai. Tempos depois, ao tomar conhecimento de que a fazenda havia sido vendida, não deixou de manifestar sua opinião sobre o assunto, dizendo: “A fazenda nunca mais será a mesma”, referindo-se a pouca visão do novo proprietário e ao seu inferior nível social.
Por último, para não engrossar muito a lista - e isso sem falar nas multidões que, nos dias do aniversário do proprietário (21 de outubro) compareciam em massa ao local -, queremos citar, com muito orgulho, o nosso grande mestre Dr. Jorge Arakem Faria da Silva, quando Juiz de Direito do município, num momento, por sinal, em que a fazenda já vivia a sua última fase e quando apenas o meu pai, ainda se encontrava por lá. Ainda hoje, quando ele tem oportunidade de falar sobre o assunto, não economiza palavras de elogios, sobre a forma fidalga como foi tratado, na ocasião, pelo velho patriarca.
A proximidade da fazenda com a cidade (pouco mais de um quilômetro) favorecia essa visitação. Ademais, a propriedade se situava à margem de um grande lago, conhecido, em toda região, como lago da “Intendência”, o qual, pela sua beleza, tornava o local aprazível e um verdadeiro ponto turístico.
A fundação da fazenda data do ano de 1926, quando o piauiense José Higino de Sousa, chegado a Tarauacá em 1917, depois de experimentar várias formas de ganhar a vida, decidiu-se pela atividade pecuária, valendo-se, para tanto, da experiência trazida de sua terra natal, contrariando, desta forma, a atividade então predominante ou mesmo exclusiva da região, que era a extração gumífera. Ao anunciar, na ocasião, sua idéia de se dedicar à criação de gado, os amigos chamaram-no de louco, dizendo que, pelo fato de não existirem campos naturais como no Sul e no Nordeste, a região não se prestava a esse tipo de atividade, uma vez que estes – os campos - teriam que ser feitos a braço, o que os tornaria muito dispendiosos.
Durante mais de quarenta anos, grande foi a importância da fazenda para a população da cidade e o desenvolvimento do próprio município, especialmente no que se refere ao fornecimento de produtos de origem animal, como o leite, a carne e o queijo, sem falar que de lá saía também a madeira para construção, palha para cobertura de casas - muito usado na época -, lenha para uso doméstico e o funcionamento das velhas caldeiras, tanto da Usina de Luz, como da Estação Telegráfica. O lago, por sua vez, não sendo embora de grande piscosidade, dele muitas pessoas conseguiam, diariamente, tirar o suficiente para o seu sustento e de suas famílias.
Casado com D. Bárbara Ribeiro de Sousa (D. Mocinha), com ela o proprietário teve nove filhos (cinco homens e quatro mulheres), Dulce e Dalva, as mais velhas, nascidas na cidade e os demais: José, Delna, Delza, Luís, Sansão, Edigard e Édson, nascidos naquele lugar, onde todos cresceram ajudando os pais nas lides da fazenda, sem se descurarem dos estudos, ali mesmo iniciados na Escola Virgulino de Alencar, da municipalidade, passando depois para o Grupo Escolar “João Ribeiro” e colégios particulares daquela cidade. Por falta de ensino além do primário no município, com exceção deste articulista que, por ser retardatário nos estudos, é produto final da nossa querida UFAC, todos os outros completaram os estudos, inclusive em nível superior, em centros como Manaus e Rio de Janeiro.
Além dos transtornos causados, periodicamente, pelas grandes alagações, por duas vezes a fazenda enfrentou escassez de mão-de-obra para a sua conservação. A primeira quando ocorreu, no município, um grande interesse pela exploração madeireira por parte das serrarias de Manaus, ocupando essa atividade um grande contingente de mão-de-obra. A outra, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, com a súbita valorização da borracha e a conseqüente corrida para os seringais.
A fazenda perdurou até os anos setenta, quando o seu fundador, que lá já vivia sem a família, passou a outro a propriedade, indo morar com um dos filhos em Manaus, onde faleceu três anos depois, aos 80 anos de idade, 53 dos quais vividos no Acre e destes, 44 dedicados àquela propriedade. Graças ao seu pioneirismo e também ao grande incentivo que sempre deu a outros criadores, presenteando, muitas vezes, animais para o início de suas criações, pôde levar com ele a satisfação de saber que, de acordo com as estatísticas, o município de Tarauacá, na ocasião, era o único do Acre auto-suficiente em carne bovina, uma vez que até Rio Branco, até em tão, era abastecido com gado vindo da Bolívia por dentro da mata, com muitos dias de viagem.
Não poderia deixar de dizer, também, que ali, vivi com minha saudosa e inesquecível esposa Maria José Gomes de Sousa, os primeiros anos de casado, um período de nossas vidas marcado por muito trabalho, tendo nascido também lá, nossas duas primeiras filhas, Jeanett e Jeize, enquanto que a caçula de nome Janne, já nasceu na cidade de Rio Branco.
Em 1994,depois de decorridos mais de vinte anos desde que a outro fora passado o domínio da propriedade, e quando desta já não mais existia nenhum vestígio, tive a oportunidade rever o local e, lamentavelmente, pude constatar que, àquela altura, somente as poucas pessoas ainda existentes no município que conheceram a ambos – o lago da “Intendência e a propriedade -, vendo o que de um e outro restava, guardava ainda na memória, o que foram no passado, bem como a importância que tiveram para a vida e o desenvolvimento de Tarauacá.
O lago tinha suas águas cobertas por um plano e espesso manto verde, que lhe cobria toda face, mais parecendo um campo abandonado, onde a natureza, por todos os lados, apressava-se em reaver aquilo que lhe fora tomado, nada deixando a desejar em relação ao velho lago serrado do “Surué”. O seu desdino não foi diferente ao de tantos outros que, não sendo menos conhecidos dos tarauacaenses, caminhavam, inexoravelmente, para o desaparecimento. Assim foi no passado com os lagos do “Corcovado”, do estirão do “Paraíba”, das “Oito Praias” e tantos outros que, surgidos um dia pelas mãos prodigiosas da natureza, pela ação ao mesmo tempo implacável desta, deixarão, irremediavelmente, de existir.
Quanto a propriedade, encontrei apenas um pé de cedro por mim plantado próximo ao barracão, durante a minha infância. Embora já destroçado, em parte, pela fúria de um raio, ele ali estava ali, para lembrar ao caminhante, do alto de sua copa e sobre um emaranhado de arbustos e vegetação rasteira de toda espécie, o que no local existiu em outros tempos e que, por mais de quarenta anos, teve tanta vida e prosperidade, pois, também lá, a natureza não foi complacente, ao demonstrar, de forma bastante contundente, a transitoriedade do homem e das coisas sobre a terra.
Do lago, jamais será ouvido, como outrora, nas claras noites de lua, o tarrafear monótono dos pescadores.
Da propriedade, tampouco, ecoará pelos campos, o saudoso e plangente aboio dos vaqueiros.
Afinal de contas, tudo passa sobre a terra. É o que já dizia o grande Alencar, em seu poema em prosa “Iracema”, ao se referir ao triste fim da bela selvagem da tribo dos Tabajaras, que, por ocasião da colonização, habitava as longínquas e onduladas terras do sertão cearense.
 

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Solidão na calçada


A sensação que eu tenho é de que a vida perdeu o rumo (como gosta de falar o acreano). Não é a sensação de que a vida não tem mais sentido, tipo, viver pra quê? Mas é a sensação de não ter mais um caminho a seguir, um lar para voltar, um ombro para chorar, uma mão pra me afagar. É como se não tivesse mais alguém pra compartilhar comigo as minhas vitórias, na verdade é como se eu não tivesse mais ninguém pra se orgulhar das minhas conquistas, alguém pra cuidar de mim. É como se aquela calçada, outrora cheia de amigos pra conversar, hoje encontrar-se completamente vazia. Abriu-se um vácuo no meu mundo, é uma saudade muito doída.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Com a vida escrevemos tudo

E de imortal ele se fez mortal e partiu. Hoje ele é feito de palavras, muitas palavras, palavras de carinho, conforto e de saudade, palavras que ele mesmo sempre gostou de escrever.
Eu passei alguns dias tentando encontrar uma forma de iniciar esse texto, foram muitos ensaios na busca de encontrar  as palavras perfeitas para fazer jus ao grande ‘letrado’, ao grande marido, pai e avô que foi José Higino. E a única coisa que me vinha à mente foram os anos que passamos juntos - os 36 anos de convivência e aprendizado (e que aprendizado!).
O certo é que convivemos anos e anos com as pessoas e nunca as conhecemos em sua totalidade. Por exemplo, a vida inteira eu vi meu avô envolvendo uma mão na outra e sempre achei que esse gesto fazia parte de sua timidez, mas foi no último dia de sua vida que descobri que na verdade a união servia mesmo era para acalmar um leve tremor que ele tinha nas mãos desde muito novo e que herdara do pai.
Pequenas coisas, pequenos gestos, mas que somados o tornaram gigantesco, maior do que ele mesmo. Se para um homem ser completo na vida necessita plantar uma árvore, escrever um livro e constituir família, isso ele fez, e com maestria.
Meu avô ocupava a 33ª cadeira da Academia Acreana de Letras e tinha muito orgulho disso.  Foi com ele que o Sesi e o Senai foram implantados aqui no Estado e ele também se orgulhava disso. A grama sempre verde que ornamentava a frente de sua casa também era um orgulho pra ele, assim como os mil metros que costumava nadar três vezes por semana aos 81 anos de idade.
Ele era assim, embora muito vaidoso, também era muito simples, adorava açaí e cuidar de seu jardim, mas também amava a música clássica, uma boa leitura e principalmente amava a vida. Com toda a sua sabedoria e tranquilidade, ele só conquistou amigos, mas na vida chega um momento em que se sabe que é importante para você, quem nunca foi, quem não é mais e quem sempre será, e isso, tenho certeza, ele tinha na ponto do lápis.
Muitas foram as homenagens que meu avô recebeu após seu falecimento - umas em forma de abraços, outras de palavras, todas sinceras, tenho absoluta certeza; e todas acarinharam nossos corações (meu, de minha mãe, minhas tias e demais parentes), e quando não esperávamos mais nada, eis que abro o jornal de domingo e vejo o lindo texto que o historiador Marcos Vinicius escreveu  em sua coluna “Miolo de Pote”, e escreveu com tanto carinho que quase se pode senti-lo.
Portanto, termino minha coluna agradecendo a todos que captaram a essência daquele “velhinho letrado”, que saiu jovem com toda a família lá de Tarauacá para tentar uma vida melhor aqui em Rio Branco. Que veio, viu e venceu!

domingo, 24 de outubro de 2010


Hoje contei às flores
meus desejos mais doces
e claro, inclui você
a tudo que lindo fosse.
Um passeio sobre as nuvens
em manhãs de brisa leve
um banho de cachoeira
em tardes de primavera,
uma viagem sob as estrelas
em noites de Lua Cheia
um anjo sempre ao lado,
pão com frutas
e mel de abelhas...
Ah! Sempre que precisar
um abraço amigo
pra aconchegar.


- Sirlei L. Passolongo -

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O mundo em nossas mãos.

Há mais de 35 anos que Rio Branco não enfrentava um dia tão frio. Oito graus e com previsão de que continue a cair e também de que dure por mais uns dias, a temperatura pegou todo mundo de surpresa. O cheiro de naftalina está no ar.

Essa mudança brusca de temperatura nos faz voltar os pensamentos, para um assunto muito importante que infelizmente algumas pessoas ainda não dão importância: Meio ambiente X mudanças climáticas.

Na semana que passou o sindicato dos jornalistas do Acre – Sinjac ofereceu gratuitamente a profissionais e estudantes de jornalismo o seminário mudanças climáticas para jornalistas, ministrado pelo professor Foster Brawn.

E uma coisa ficou clara, é preciso fazermos alguma coisa agora. A sociedade precisa descruzar os braços, precisa pensar no futuro, não no seu futuro, mas de seus filhos, netos e bisnetos.

Enquanto cientistas do mundo inteiro se reúnem para elegerem a emissão de gases poluentes e o desmatamento como os grandes vilões das mudanças climáticas, o povo sai de casa para comprar mais e mais carros, contribuindo significativamente para o que de ruim vem acontecendo ao mundo.

Quer dizer que não podemos mais ter carros? Claro que podemos, o que precisamos é usá-los com consciência, assim como tudo na vida, porque se pensarmos bem, até água em excesso mata.

Nós ocupamos um dos lugares mais importantes do planeta, vivemos no meio da Amazônia, e estamos sendo obrigados a nos responsabilizarmos pela sobrevivência do restante do mundo.

Na Amazônia não se pode isso, não se pode aquilo, afinal, é aqui o pulmão do mundo. Enquanto isso, os Estados Unidos, maior país industrializado do mundo e maior emissor de poluentes, não aceitou o acordo de redução contido no Protocolo de Kyoto, pois afirmou que ele prejudicaria o desenvolvimento industrial do país.

Por enquanto nós caminhamos com a cruel dúvida: progredimos ou salvamos o mundo? A única certeza é de podemos fazer muito para ajudar o planeta, o clichê já diz são as pequenas atitudes que fazem as grandes ações; E que o futuro do mundo está em nossas mãos.

Desvio de caráter ou o quê?

Visitando o blog amigo Menina de Óculos (www.meninadeoculos.blogspot.com)


eu li o seguinte texto:

“Vez ou outra, a gente liga para um amigo e convida para comer uma pizza, organizar um churrasco, ir ao cinema, fazer uma caminhada, sair para conversar, sei lá, tantas coisas. Mas nunca me passou pela cabeça ligar para alguém e dizer: Vamos ali matar a fulana, cortá-la em pedaços, dar os restos mortais para os cachorros e o que sobrar a gente concreta? Quéquetuacha? Ah, claro. Boa idéia. Quando? Amanhã. Fechado. Então, tá. Chama o bola, o paulista e o neném. Demorô”.

Ai, eu conversando na calçada pergunto: o que passa na cabeça de uma pessoa que veio de família humilde, ta ganhando mais de cem mil por mês de salário (fora os patrocínios), quando vê tudo o que está construindo ir por água abaixo, devido a uma atitude completamente transloucada? Será que ao menos rolou um arrependimento?

Achar que iria matar uma pessoa e sair ileso, fazendo o louco como se nada tivesse acontecendo e ainda ir pra frente das câmeras dizer que tá torcendo pra moça aparecer, mesmo sabendo, que isso jamais vai acontecer porque ele cuidou muito bem disso, é muita cara de pau.

Realmente nos últimos tempos o futebol anda muito violento, e claro, que o acreano não poderia ficar fora dessa, afinal moda a gente tem que seguir. E foi assim que nessa semana o atlético e o Juventus, seguiram o último grito e seus jogadores se pegaram em campo. Coisa linda de ver.

Mais lindo ainda, foi ver os dois técnicos, desculpem,’ professores’, trocarem farpas e acusações em suas entrevistas. Por isso, que se eu tivesse um filho eu jamais permitiria que ele fosse jogador de futebol. Iria incentivá-lo a lutar Boxe, jiu jitsu, karatê e até luta livre.

Assim, eu saberia que ele estava saindo de casa com a clara intenção de lutar e não se travestindo de atleta para baixar o sarrafo no adversário ou mandar matar quem ta pelo caminho.

A vida é dura, foi e sempre será. O quê e como fazemos para enfrentá-la é que nos faz crescer e aparecer. Enquanto as miss com seus discursos ensaiados e muitas vezes superficiais, clamam pela paz mundial, nossos atletas vão em caminhos opostos, mostrando a uma legião de fãs (muitos deles crianças ou adolescentes que estão em formação de caráter), que violência é a solução dos problemas e se tornam uma caricatura do personagem que virou ícone da violência urbana gratuita, Carlos Maçaranduba, interpretado por Claudio Manoel, no programa Casseta & Planeta cujo o jargão é: Eu vou dar porrada!

O Acreano e a Imprensa, o início de tudo

O povo nordestino que colonizou o Acre andava pela mata sem perceber os sinais em seu caminho. Um galho quebrado, um risco na casca de uma árvore, folhas no chão, tudo imperceptível aos olhos não treinados do homem branco.

Era o jeito indígena de deixar recado. Só com o passar dos anos, no confronto e na convivência com aqueles povos, foi que o homem branco aprendeu um pouco dessa linguagem. E ficou sabendo que alguns cantos que ouvia na mata não eram de pássaros. E que algumas batidas nas “sapopembas” não eram feitos por animais ou galhos que caíam. Era telégrafo de índio. E que aquele som agudo e contínuo, como de uma buzina, não era feito por encanto ou assombração. Era a corneta do índio, feita com rabo de tatu e conarara.

No final do século passado não havia cidades no Acre. Em alguns vilarejos, entrepostos comerciais da borracha, poucas casas de madeira perfilavam-se na beira do rio. O território pertencia à Bolívia, era uma espécie de Sibéria para qual nenhum funcionário público queria ser enviado. Ainda assim, chegou a ter um jornal “El Acre”, impresso em rudimentar prensa de madeira.

O jornal era um porta-voz da Bolívia e trazia todos os atos oficiais. Alguns exemplares da publicação sobreviveram ao tempo, mas hoje restam apenas cópias do El Acre, que era impresso em papel tamanho A4, com quatro páginas. A primeira edição circulou em 20 de outubro de 1901, na cidade de Puerto Alonso, hoje Porto Acre, que então fazia parte do território boliviano.

O conteúdo falava sobre a borracha, chamada de goma elástica, com quadros estatísticos e outros dados sobre produção e comércio do látex. Havia também uma coluna de “interesses militares” e notas com observações da vida local.

Mas a indústria nascente na Europa queria borracha e os brasileiros não paravam de chegar. Em breve, reivindicam a posse do território. O cearense José Carvalho liderou a primeira insurreição em 1899. No mesmo ano, o espanhol Luis Galvez organizou o Estado Independente do Acre, que sobreviveu até março de 1900. E dois anos depois o gaúcho José Plácido de Castro liderou uma luta que conquistou definitivamente o Acre para o Brasil. Em todos esses episódios, os manifestos, artigos, cartas, hinos, poesias e polêmicas ocuparam as páginas dos jornais de Belém, Manaus e até do Rio de Janeiro.

As vilas crescem, com o comércio e a chegada das instituições e repartições públicas. E não tardam a surgir os jornais. Desde O Progresso (1904) e O Acre (1907), os títulos se multiplicaram. Periódicos ou episódicos, não importa; o fato é que o Acre jamais viveu sem imprensa. A maioria do povo até podia viver no analfabetismo, mas a minoria alfabetizada gostava de ler, escrever e publicar. É claro, havia muita política e muito jornal panfletário anunciando o fim do mundo, além da imprensa oficial em que o governo dizia que estava tudo bem. Mas havia também poesia e crônica, opinião e análise, montanhas de informação em que hoje se deliciam os historiadores.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Enquanto isso, no trabalho...

Trim-Trim-Trim

- Bom dia!
- É que o fulano quer falar com ele e quer o telefone celular.
- Não entendi, senhora.
- O fulano quer o telefone do fulano porque precisa falar urgente com ele.
- Deixa eu ver se entendi, o fulano quer o número do próprio celular?
- Não, quer o telefone dele.
- Mas dele quem, senhora?
- O fulano precisa falar com o beltrano.
- Ah...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Bob Marley

" As Vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas... O tempo passa... e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais!"

O tempo voa

Aos 36 anos de idade o vocabulário ja não é o mesmo, os jargões também não, muito menos as aspirações, mas ainda ha o que sonhar, o que planejar, o que desejar, o que viver...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Pelo caminho


É triste olhar para trás e ver pelo caminho amizades que vc jamais imaginaria perder. Mais triste ainda, é ver seus amigos transformados em pessoas completamente desconhecidas, com perda de valores e sem raízes.
 Isso me remete à música do Roberto Carlos:
 
Eu não posso mais ficar aqui

A esperar!

Que um dia de repente

Você volte para mim...
Vejo caminhões


E carros apressados

A passar por mim

Estou sentado à beira

De um caminho

Que não tem mais fim...



Meu olhar se perde na poeira

Dessa estrada triste

Onde a tristeza

E a saudade de você

Ainda existe...



Esse sol que queima

No meu rosto

Um resto de esperança

De ao menos ver de perto

O seu olhar

Que eu trago na lembrança...



Preciso acabar logo com isso

Preciso lembrar que eu existo

Que eu existo, que eu existo...



Vem a chuva, molha o meu rosto

E então eu choro tanto

Minhas lágrimas

E os pingos dessa chuva

Se confundem com o meu pranto...



Olho prá mim mesmo e procuro

E não encontro nada

Sou um pobre resto de esperança

À beira de uma estrada...



Preciso acabar logo com isso

Preciso lembrar que eu existo

Que eu existo, que eu existo...



Carros, caminhões, poeira

Estrada, tudo, tudo, tudo

Se confunde em minha mente

Minha sombra me acompanha

E vê que eu

Estou morrendo lentamente...



Só você não vê que eu

Não posso mais

Ficar aqui sozinho

Esperando a vida inteira

Por você

Sentado à beira do caminho...



Preciso acabar logo com isso

Preciso lembrar que eu existo

Que eu existo, que eu existo...

* Sentado à beira do caminho - Roberto Carlos.

Bolão

Tô em casa, o telefone toca e era meu pai querendo que eu desse um palpite sobre o placar do jogo do Brasil contra a Costa do Marfim, pois, lá na empresa estavam fazendo um bolão.


Eu, muito antenada parei e pensei nos prós e contras das duas seleções e soltei um 3 a 1 para o nosso time.

E num que eu to lá na frente da TV e vou vendo de gol em gol o meu placar se concretizando? Gente é uma sensação engraçada, pq você vê seu time jogando, quer que seja de goleada, mas também quer que o seu placar ganhe.

Então, de repente eu tava torcendo era para que a seleção não fizesse mais gol, me senti uma traidora, quase uma apátrida, mas, ganhei o bolão!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Os micos da vida

Quando eu era criança eu não compreendia como minha vozinha podia gostar tanto de uvas passas, hoje me pergunto como fiquei tanto tempo sem comê-las. E assim foi com o peixe, com o cozidão e com a panelada.


Impressionante como nossos parâmetros mudam com os anos. Esses dias eu estava em uma pizzaria com minha irmã adolescente e meu pai que havia passado o dia inteiro tomando suas cervejinhas e já estava pra lá de ‘meio alto’.

Papis era só alegria enquanto minha irmã se encontrava de cara amarrada e morrendo de vergonha de tudo o que ele fazia ou dizia. De repente eu me vi, meio que recriminando a atitude dela, por que enfim, papai já é um jovem senhor, que merece de vez em quando enfiar o pé na jaca.

Só que de repente, me lembrei que a pouco tempo atrás eu também era adolescente e morria de vergonha dessas mesmas coisas que papai fazia. Lembrei que eu também trancava a cara e conseguia na minha fértil cabecinha inverter valores e buscava inutilmente colocar limites no nele.

Pois hoje, já com alguns fios de cabelos brancos escondidos pelas tinturas, me tornei uma pessoa bem mais maleável e consigo até achar graça desses dias de bafão que papai apronta. Sei que minha irmã quando chegar na idade que tenho, também deverá amolecer seu coração rebelde e passará a aceitar com mais naturalidade os micos da vida.

Voltei!

Urruh! Depois de um longo período de hibernação, estou de volta. Espero que eu consiga atualizar com bem mais freqüência do que venho fazendo. Essa falta de postagem é fruto de um novo emprego, com muito trabalho para executar e sem direito a acessar blogs durante o expediente.

sábado, 22 de maio de 2010

Somos politizados ou politiqueiros?

A palavra política tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estados chamadas de “polis”. Também poderia significar sociedade, comunidade, coletividade e outros definições referentes à vida urbana.




Politizado desde seu nascimento, o Acre é um dos estados onde a popupalação mais se envolve com a política. Claro que vale ressaltar que somos um Estado sem polos industriais ou mesmo comércios fortes.



Isso faz com que a renda familiar do acreano gire em torno dos órgãos governamentais. Faz também com que cada um defenda com unhas e dentes não só seu candidato, mas seu emprego, o da esposa, o da mãe ou até mesmo de um vizinho bacana.



Assim, sejam as eleições majoritárias ou simplesmente para presidentes de bairros, tornam-se verdadeiras batalhas, guerras de vida ou morte, separando famílias e quebrando amizades.



às vezes me pergunto se realmente somos politizados ou politiqueiros, se fazemos política ou politicagem. E claro prefiro acreditar que somos politizados e fazemos política, que somos cidadãos peocupados com o crescimento do estado e dos nossos municípios. E é isso que nos leva a balançar bandeiras, vestir camisas e encarar passeatas, cicleatas e carreatas.



Fico pensando naqueles políticos de antigamente, que passavam quatro anos no poder e nada faziam além de enriquecerem seus bolsos. Infelizmente alguns ainda circulam até hoje pela política. E são caras de paus. Esses dias mesmo abri os jornais e lá estava a foto de um determinado político em cada um dos quatro jornais impressos que circulam na cidade, reapareceu de uma hora pra outra.



Eu nem lembrava que ele estava lá em Brasília representando nossos interesses. Mas ja estamos chegando numa fase em que o funil está se estreitando cada vez mais, afinal as eleições estão batendo na porta. E essa é hora ideal para o homem invisivel aparecer do nada e lançar sua campanha.



Confesso que na minha adolescência eu era bem mais ativa politicamente do que sou hoje. Eu gostava dos embates nas escadas o colégio meta, fiquei feliz quando o comitê do PT se mudou para a minha rua, gastava sem nenhum peso na consciência toda a minha mesada em camisetas pintadas com cores vibrantes (que hoje voltaram a moda) e enchia minha bicicleta com adevisos dos meus candidatos.



Meus cabelos não são os mesmos, mas, meus candidatos sim. Acho que isso indica que continuo com a mesma linha de raciocínio político, acreditando nos mesmos ideiais e que claro, não me decepcionei com eles.

Publicado no Jornal Página 20, em 04 de maio de 2010

Mais um capítulo da série Ciladas da Maternidade

Com um desejo enorme de assistir ao show de uma de suas bandas de música favorita, minha filha ganhou de aniversário de sua fada-madrinha o tão desejado presente. Assim sendo, já que por aqui só chegam bandas de forró, pagode e agora gospel também, partimos rumo a São Paulo.




Depois de pegar um engarrafamento bem a moda paulistana e pagar uma fortuna de taxi, ainda tivemos que enfrentar uma fila quilométrica que durou exatos 150 minutos e estava lotada de adolescentes punks, funks, emos ou sei lá o quê. Mas eu estava lá, firme, forte, segurando a onda e ‘achando’ tudo normal, afinal, o importante era estar segurando a mão de minha filha nesse momento tão importante para ela. Minha grande sorte foi ter optado pelo bom e velho all star, que me garantiu total conforto aos pés, durante essa via sacra, digo, esse show.



Como boa mãe que sou, tratei logo de passar uma boa olhada em todos que estavam por ali (pra não dizer que passei em revista) e vou contar para vocês que a maioria dos adolescentes tinham cabelos mal cortados, assanhados e coloridos (só a metade pra dar mais estilo) e restante estava de óculos escuros (wayfarer).

Como diria Renato Russo se vivo fosse, festa estranha com adolescente esquisito, eu não to legal. Eu só ficava me perguntando o que essa moçada de hoje tem contra pentes e escovas. Sem contar com os tênis mega-ultra-power coloridos. O mais lindo de todos os arco-íris se torna completamente opaco na frente deles.



Foi quando de repente, olhei para meu próprio umbigo e vi minha filha, minha filhinha linda, aquela princesinha que mamãe criou com todo mimo para ser a delicadeza em pessoa, trajando uma camiseta branca com uma estampa psicodélica, shorts rosa, meia calça roxa, tênis coloridos e cabelo pintado só da metade pra baixo (pra dar mais estilo e tal...).



Vi também que ali, ela não era diferente de ninguém, porque naquele momento ela estava no meio da sua tribo, a tribo dos pés coloridos e cabelos assanhados, já eu, bem... não posso dizer o mesmo. Afinal, camiseta marrom, calça jeans, tênis discreto e rabo de cavalo não combinam nem um pouco com o estilo deles (sem falar na diferença de idade que era gritante). Ali, a diferente era eu.



E vocês, caros leitores, sabem o que é pior de tudo isso? Depois de enfrentar engarrafamento, fila que dobrava em duas esquinas e ser chamada de tia, eu não sabia sequer o nome da banda, quiçá conhecer uma mísera música. Ossos do ofício da maternidade. #Beijosemeretwitta

Publicado no Jonal Página 20, em 09 de maio de 2010

O trânsito no mundo perfeito

Não se pode negar que a cada dia que passa a frota de veículos automotivos de Rio Branco só aumenta. É claro que isso gera lentidão na fluidez do trânsito, mas é preciso que não só os órgãos responsáveis pelo trânsito faça sua parte, é necessário também que o condutor se conscientize e comece a agir (dirigir) em prol de todos e não de si só.




Certa vez já escrevi aqui e volto a repetir, muitas de nossas ruas são heranças de caminhos traçados pelos seringueiros ao longo das árvores para que pudessem fazer o processo de extração do látex, as chamadas trilhas de seringa. Isso justifica as ruas estreitas que encontramos em alguns bairros de nossa capital.

Rio Branco não é mais vista como uma localidade acanhada localizada no meio a Floresta Amazônica, ela agora é uma cidade digna de ser capital de seu estado. Deu um grande salto de 15 anos para cá. Ponto para nossos governantes e bom para nós.



No entanto, não só aqui, mas em todo e qualquer país o trânsito será sempre um grande problema. Semana passada li o artigo de um colega jornalista no qual ele reclamava dos congestionamentos, das multas e até da retirada dos flanelinhas do centro da cidade. Não vou mentir que em alguns pontos questionados eu fiquei pasma.



O ator Reynaldo Gianecchini, falou em uma entrevista no programa Estúdio I da GloboNews, que o brasileiro era malandro, adorava se especializar em trambiques e dribles na lei. Infelizmente o que ele falou é uma verdade, claro que não se pode generalizar, mas como diz o ditado o santo sempre paga pelo pecador.



Eu mesma conheço o caso de uma pessoa que mora em São Paulo e para driblar o rodízio de carros aplicado lá para tentar melhorar não só o trânsito, mas também a poluição, não se faz de rogado, aluga um veículo e mesmo em dias que teoricamente não poderia rodar de carro pelas ruas, consegue transitar livremente.

É bem verdade que com os preços e a formas facilitadíssimas de pagamento, hoje é mais fácil comprar um carro do que uma televisão. Isso, faz com que as famílias que antigamente possuíam só um carro para atender a todos, agora tenham dois, três, quatro ou mais carros estacionados em suas garagens.

E é agora que entra o ponto em que quero tocar, o pior de tudo, é que quando a família sai, cada um vai no seu carro, mesmo que estejam indo todos para a casa da vovó. Gente é preciso sim, cobrar dos órgãos reguladores e fiscalizadores, mas também precisamos fazer nossa parte.



Precisamos dar bom exemplo para nossos filhos, para que eles cresçam conscientes de que ao contrário do que afirmou meu colega em seu artigo, quando diz que motoristas desatentos estão sendo multados, eu digo que o condutor de veículo não deve jamais ser desatento e principalmente negligente com as leis de trânsito, pois isso pode causar um grave acidente, inclusive com vítimas fatais.



No trânsito não se brinca, não é um vídeo game onde a mesma jogada pode ser repetida infinitas vezes até que se consiga passar de fase. Não adianta nossas autoridades tomarem medidas como a sincronia dos semáforos, cadeirinha para crianças, uso do cinto de segurança, blitz educativa e tudo mais, se nós, enquanto motoristas, não cumprimos leis que estão ai para nos servir e principalmente nos proteger.

Agora, o assunto que mais me deixou boqueaberta foi quando meu colega questiona sobre a retirada dos flanelinhas das ruas. Não sei ele, mas eu sempre me senti coagida a dar dinheiro e pagar pelo estacionamento que eles estavam ‘gentilmente’ oferecendo, caso contrário, ao chegar eu corro o risco de encontrar meu carro arranhado, amassado ou ter o som roubado.



Finalizo com a frase de Julyver Modesto de Araújo, mestre em direito e presidente da Associação Brasileira dos Profissionais de Trânsito: “No meu mundo perfeito, os infratores deveriam se resignar pela multa aplicada, como conseqüência inequívoca de sua conduta”. Bom domingo!

Publicado no Jornal Página 20, em 16 de maio de 2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

Pimenta no olhos dos outros é refresco



Cada ser humano realmente tem uma visão particular das coisas que vê. Há pouco tempo eu fui testemunha de um acontecimento interessante. Uma pessoa passou no vestibular da nossa Universidade Federal (Ufac) ficou feliz da vida e aguardando a data marcada para efetuar a matrícula.


No entanto, o destino, aquele que não obedece ninguém, colocou na sua vida uma linda criança, a qual ela e o marido resolveram adotar. Planos futuros que foram antecipados inesperadamente.

A vida dos dois virou uma loucura, afinal, era preciso uma dupla adaptação: família e criança. Primeiro de tudo foi providenciar fraldas, leite e mamadeiras. No outro dia correram atrás do berço e de lençóis. Depois foram algumas roupinhas. A busca desesperada por alguém para ficar tomando conta da criança enquanto os pais trabalham, também foi umas das grandes preocupações.

Quando pensaram que tudo ia bem a criança adoeceu, melhorou e adoeceu de novo. Entre todo o corre-corre, os trâmites para uma adoção legal também estava sendo providenciado.

No meio da doce confusão que se transformou a vida desse casal, a mãe não conseguiu ir a Ufac para fazer a matrícula e tentou através de um requerimento, onde contava toda a história por qual vinha passando, que lhe fosse dado o direito de fazer a matrícula fora do prazo.

Depois de algum tempo, mais do que o necessário (vale ressaltar) sem nenhuma resposta, ela se dirigiu a Ufac para saber por onde andava o seu requerimento. Descobriu fácil, estava para PARECER.

Era uma segunda-feira de muita chuva, mas, desde as oito da manhã que ela rodava atrás desse bendito requerimento. Achou. No entanto, a senhora responsável pela emissão de parecer ainda não tinha chegado. Senta e espera, espera, espera...

Enquanto isso era obrigada a ouvir a conversa de 20 minutos da estagiária ao telefone. Nenhum dos funcionários que lá estavam se disponibilizaram a ligar para a tal senhora, para saber se ela iria trabalhar.

Somente depois das 10:30h da manhã é que a funcionária pública federal apareceu para trabalhar. Infelizmente nossa mamãe dera viagem perdida, pois a competente senhora ainda não havia dado o parecer nem no seu, nem nos três outros requerimentos de igual teor.

Mais alguns dias se passaram, sem que ninguém da Ufac entrasse em contato então, a mamãe resolveu telefonar para saber se o parecer já havia sido dado. Sim havia. E qual não foi a surpresa quando ela soube que a tal senhora, aquela que chegou quase onze horas da manhã no seu trabalho, julgou que o motivo alegado, não era forte o suficiente. Que a mãe poderia muito bem ter ido a um cartório (àqueles que se passa a manhã inteira na fila) lavrar uma procuração para que alguém fizesse a matrícula por ela.

Gente se houvesse tempo para se passar em fila de cartório, com certeza haveria tempo para ir a UFAC. Faltou sensibilidade dessa senhora, que por incrível que pareça, tem um filho de um ano de idade e que segundo ela própria, chegou tarde ao serviço porque a babá se atrasara e ela não tinha com quem deixar seu filho.

Ironia não é mesmo? Pura ironia. Pois, imagino que ela deva ter se preparado durante nove meses para ter seu filho, teve bastante tempo para compras, decorações e principalmente se preparar para ter uma segunda opção para o dia que a babá falte ou chegue atrasada, para que ela consiga cumprir sua carga horária de trabalho.

As duas chegaram atrasada por causa de seus filhos, mas, como diz a velha máxima popular: Pimenta nos olhos dos outros é refresco.

* Publicado no jornal Página 20 de 14/03/10.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Leva e traz

Fazendo 'as vezes' de fofoqueira, deixo o link do meu outro blog.

Obrigada Mylle

Eu ganhei de presente da Jamylle esse template lindo.
Ela dedicou parte do seu tempo pra construir isso pra mim e a gente nem se conhece pessoalmente.
São por essas demonstrações de carinho que a vida da gente fica mais colorida.