quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Procura-se um namorado

Vasculhando meus arquivos encontrei esse texto da minha amiga Francielle Modesto escrito em 15/12/2006. Ela não é correspondente oficial de nenhum jornal, seu projeto de mestrado foi destruído em público, mas coleciona diplomas e certificados no fundo de uma gaveta. Terá no seu currículum ainda alguns livros e certamente ocupará uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ao meu lado é claro, já que eu tbm irei ocupar um lugar na ABL).
Não precisa ser o Reinado Gianechinni, Brad Pitti ou adjacências. Afinal eu não tenho silicone, como loucamente e não me pareço nada com a Angelina Jolie. Mas eu tenho a inteligência da Marília Gabriela.
Eu não quero que você tenha o carro do ano, eu só quero beijos intermináveis até que os olhos mudem de cor. Não precisa me levar no Piola, eu me contento com a lanchonete do Gilson, desde que você me prometa boas gargalhadas.
Eu sou viciada em Msn, orkut e tudo mais que me dá a falsa sensação de que pertenço ao mundo, só que hoje eu queria sumir com você para um lugar onde não pegue o celular, não pegue a internet, não pegue a televisão, mas que a gente, em compensação, se pegue muito.
Psy Trance está na moda, Rave é a balada da hora, mas eu ainda acho que “fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho”.
Eu procuro você desde o dia em que eu era a única adolescente solitária de uma festa que eu decididamente queria que nunca tivesse existido. “Mas você precisa saber que eu não dependo de você nem para andar e nem para ser feliz, mas como seria bom andar e ser feliz ao seu lado”. Só que estamos com um problema: vai ser um pouco difícil a gente se conhecer porque tenho evitado sair de casa.
Não quero um homem com respostas pré-definidas, que sempre vence, que sempre impressiona, que sorri impecável em dentes brancos. Quero alguém palpável, que cometa erros, que chore de vez em quando, que se desespere, mas que, sobretudo, não minta desnecessariamente. Tá certo, eu sou muito exigente. Eu posso voltar atrás e esquecer o último pré-requisito.
Você pode ter medo do escuro, do inseguro e dos fantasmas da sua voz, pode dormir de meias, pode ficar meio tristinho de vez em quando, pode até beber, desde que seja com moderação.
Where is the love?, já perguntava Black eyed peas, assim como eles eu também não sei, mas se por acaso alguém souber me deixa um scrap que eu vou correndo lá buscar um pouquinho pra mim. O Acre já não tem muros tão baixos como antigamente, mas eu prometo que se você quiser eu até te espero no portão.

2 comentários: