Ontem lembrei de uma estorinha que aconteceu comigo no início de minha adolescência. Refere-se a amores não correspondidos, traições e principalmente sobre as voltas que o mundo dá. Vou agora compartilha-la com vocês.
No início do ano letivo as meninas do colégio em que eu estudava estavam todas em polvorosa com a chegada do aluno novo. Marcelo vinha transferido de uma outra escola, era alto, louro e jogava voley muito bem, o que logo lhe deu uma vaga no time da escola (nessa época da vida os atletas são muito importantes para nós mulheres, além de gozarem de prestígio com os demais alunos da escola).
Não preciso nem dizer que fiquei completamente apaixonada por ele (eu e mais todas as meninas do colégio). Era uma disputa grande, todas queriam namorá-lo. Paqueras pra lá, paqueras pra cá, eu via o Marcelo ficando com todas as minhas amigas. Namorava uma aqui, beijava outra ali... e comigo não rolava nada. O que vocês meus leitores precisam saber é que eu sou ariana e como boa ariana eu sou fogo de palha, me desinteresso rápido das coisas. E foi o que aconteceu, depois de certo tempo de investidas que não deu em nada, eu esqueci do atleta.
Esqueci, mas não esqueci se é que vocês me entendem. Na verdade, eu abri mão da esperança de namorar-mos e passei a sofrer. Sim, pq adolescente adora sofrer e esse era um prato cheio para eu demonstrar pro mundo o quanto eu estava sofrendo (vale frisar que eu realmente vim, a saber, o que era amor aos 18 anos de idade). Eu acho que essa foi uma das épocas que eu mais chorei. E tudo por causa do amor não correspondido pelo Marcelo.
Até que um dia tudo mudou. Nessa época era costume dos adolescentes depois da aula, ficar conversando na praça central da cidade. E foi o que eu fiz antes de vir para casa. Parei na praça e fiquei jogando conversa fora com os amigos. Quando cheguei a minha casa, tomei o maior susto. O Marcelo estava me esperando sentado na calçada, comendo pipoca, tomado banho, cabelos ainda molhados e com um perfume que era super moda na época, chamado stilleto.
A primeira coisa que me passou pela cabeça foi me perguntar pq eu tinha parado na praça e pq eu ainda estava de uniforme escolar. Uniforme nesse tempo era diferente (descrição: saia com pregas, camisa de malha com barra e mangas sanfonadas, meias brancas e o famoso alcolor azul, enfim, um horror). Enquanto esses questionamentos passavam pela minha cabeça eu fiquei completamente imóvel, sem saber o que fazer. Até que uma frase conseguiu sair do fundo da minha garganta:
- Você por aqui, aconteceu alguma coisa?
Na verdade eu não sei o que aconteceu, só sei que nesse dia nós começamos a namorar e foi com ele que passei o meu primeiro dia dos namorados e posso garantir a vocês que não foi nada romântico. Mas o que importava é que eu estava com o Marcelo e achava que estava super feliz mas, namorar com um dos garotos mais paquerados do colégio não é tarefa muito fácil. E logo terminamos, ou melhor, ele terminou comigo. Me lembro que na época fui trocada por uma professora (sim mulheres mais velhas já namoravam rapazes mais novos, só que nessa época era um escândalo).
Os anos se passaram (e passaram voando), até que um dia, eu então com 20 anos de idade, reencontrei o Marcelo em um arraial. Ele me mandou um daqueles bilhetinhos que se eu não me engano chamam de pombo-correio, se aproximou, conversamos um pouco e nos colocamos em dia com a vida um do outro. Uma semana depois, era um sábado, me lembro como se fosse hoje, o Marcelo chega lá em casa e diz que quer ter uma conversa muito séria comigo e que essa conversa iria definir a vida dele. Vou agora transcrever o diálogo.
- Jannice, eu tenho uma proposta para ir embora para Brasília.
- Que bom Marcelo!
- Mas isso só depende de você.
- De mim?
- Sim.
- Pq de mim Marcelo?
- Pq se você disser que quer ficar comigo, pedir pra eu ficar eu desisto.
- E pq eu diria isso?
- Você não gosta de mim?
- Gosto, mas não a ponto de pedir pra você ficar. Marcelo, a gente passou tanto tempo sem se ver, a gente praticamente não se conhece mais. Além do mais a nossa época já passou.
- Então eu posso ir embora?
- Isso é uma decisão sua.
- Só isso?
- Só.
No início do ano letivo as meninas do colégio em que eu estudava estavam todas em polvorosa com a chegada do aluno novo. Marcelo vinha transferido de uma outra escola, era alto, louro e jogava voley muito bem, o que logo lhe deu uma vaga no time da escola (nessa época da vida os atletas são muito importantes para nós mulheres, além de gozarem de prestígio com os demais alunos da escola).
Não preciso nem dizer que fiquei completamente apaixonada por ele (eu e mais todas as meninas do colégio). Era uma disputa grande, todas queriam namorá-lo. Paqueras pra lá, paqueras pra cá, eu via o Marcelo ficando com todas as minhas amigas. Namorava uma aqui, beijava outra ali... e comigo não rolava nada. O que vocês meus leitores precisam saber é que eu sou ariana e como boa ariana eu sou fogo de palha, me desinteresso rápido das coisas. E foi o que aconteceu, depois de certo tempo de investidas que não deu em nada, eu esqueci do atleta.
Esqueci, mas não esqueci se é que vocês me entendem. Na verdade, eu abri mão da esperança de namorar-mos e passei a sofrer. Sim, pq adolescente adora sofrer e esse era um prato cheio para eu demonstrar pro mundo o quanto eu estava sofrendo (vale frisar que eu realmente vim, a saber, o que era amor aos 18 anos de idade). Eu acho que essa foi uma das épocas que eu mais chorei. E tudo por causa do amor não correspondido pelo Marcelo.
Até que um dia tudo mudou. Nessa época era costume dos adolescentes depois da aula, ficar conversando na praça central da cidade. E foi o que eu fiz antes de vir para casa. Parei na praça e fiquei jogando conversa fora com os amigos. Quando cheguei a minha casa, tomei o maior susto. O Marcelo estava me esperando sentado na calçada, comendo pipoca, tomado banho, cabelos ainda molhados e com um perfume que era super moda na época, chamado stilleto.
A primeira coisa que me passou pela cabeça foi me perguntar pq eu tinha parado na praça e pq eu ainda estava de uniforme escolar. Uniforme nesse tempo era diferente (descrição: saia com pregas, camisa de malha com barra e mangas sanfonadas, meias brancas e o famoso alcolor azul, enfim, um horror). Enquanto esses questionamentos passavam pela minha cabeça eu fiquei completamente imóvel, sem saber o que fazer. Até que uma frase conseguiu sair do fundo da minha garganta:
- Você por aqui, aconteceu alguma coisa?
Na verdade eu não sei o que aconteceu, só sei que nesse dia nós começamos a namorar e foi com ele que passei o meu primeiro dia dos namorados e posso garantir a vocês que não foi nada romântico. Mas o que importava é que eu estava com o Marcelo e achava que estava super feliz mas, namorar com um dos garotos mais paquerados do colégio não é tarefa muito fácil. E logo terminamos, ou melhor, ele terminou comigo. Me lembro que na época fui trocada por uma professora (sim mulheres mais velhas já namoravam rapazes mais novos, só que nessa época era um escândalo).
Os anos se passaram (e passaram voando), até que um dia, eu então com 20 anos de idade, reencontrei o Marcelo em um arraial. Ele me mandou um daqueles bilhetinhos que se eu não me engano chamam de pombo-correio, se aproximou, conversamos um pouco e nos colocamos em dia com a vida um do outro. Uma semana depois, era um sábado, me lembro como se fosse hoje, o Marcelo chega lá em casa e diz que quer ter uma conversa muito séria comigo e que essa conversa iria definir a vida dele. Vou agora transcrever o diálogo.
- Jannice, eu tenho uma proposta para ir embora para Brasília.
- Que bom Marcelo!
- Mas isso só depende de você.
- De mim?
- Sim.
- Pq de mim Marcelo?
- Pq se você disser que quer ficar comigo, pedir pra eu ficar eu desisto.
- E pq eu diria isso?
- Você não gosta de mim?
- Gosto, mas não a ponto de pedir pra você ficar. Marcelo, a gente passou tanto tempo sem se ver, a gente praticamente não se conhece mais. Além do mais a nossa época já passou.
- Então eu posso ir embora?
- Isso é uma decisão sua.
- Só isso?
- Só.
- Então tchau.
- Tchau Marcelo. Boa Viagem!
- Tchau Marcelo. Boa Viagem!
Minha amiga, vc é uma figura...
ResponderExcluirLembro-me de 70% dessa história ou é estória mesmo? Lembro da farda "chante" que usávamos, da pracinha frente ao Ceseme, dos meninos do volley (estritamente dos meninos do volley do META). Vc precisa contar mais dessas historinhas... adoro... hehehehehe
Xerim
:))
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