sábado, 6 de fevereiro de 2010

Exercício do Amor

É incrível como as pessoas são cheias de palavras boas e conselhos na ponta da língua, no entanto, quando ações se tornam realidade, elas se chocam de tal forma que deixam explicito o preconceito. Todos acham lindo adotar uma criança, mas quando estão próximos de alguma família que realmente deseja fazê-la, começam a levantar uma série de questionamentos e empecilhos.

O ser - humano é o animal mais egoísta que eu já conheci, quando o assunto é adoção. E se somente pessoas que realmente tivessem condições financeiras classificadas como boas fossem partir para adotar uma criança, pobres crianças, estariam perdidas, pois são os que menos têm que mais dividem.

Quando se adota uma criança se inicia o exercício do amor, da abnegação, de dar sem receber, de fazer o bem a quem o futuro não reservara grande coisa. Estamos calçando quem estava descalço, vestindo o nu e alimentando quem não tinha o que comer, mas, principalmente, dando carinho a quem a vida só mostrou seu lado mais endurecido.

Eu imagino como não deve se sentir uma mãe com seu filho adotivo nos braços enquanto alguém ‘muito bem intencionado’ vem questionar os motivos pelo qual ela tomou essa atitude.

Difícil mesmo é encontrar pessoas com desejo de adotar e com amor suficiente para entender que essa é uma forma linda de constituir família e como disse certa vez um novo amigo que fiz, chamado Reginaldo Prates, mais bem as nossas vidas fazem essas crianças do que nós fazemos as delas.

Deixo com vocês um poema que li aqui na internet e que demonstra em palavras o que é ser mãe de coração.


Esta criança esteve escondida no teu pensamento,

noite após noite, por anos a fio,

guardada na tua retina sem que nunca a tivesses visto.

Esta criança bendita, que foi escolhida por Deus e por ti,

para compartilhar de tua vida, nunca sofrerá,

ficará triste ou chorará por desamor ou abandono,

pois existe alguém especial, um anjo,

que o destino colocou em seu caminho

para lhe suprir as carências, lhe amar, dar carinho.

Ela foi abençoada.

Não foi gerada por ti,

não foi esperada por nove meses,

não veio de dentro de tuas entranhas,

mas veio de algo muito maior:

um amor enorme que tinhas para compartilhar

com ela e com o mundo.

Não o adotaste simplesmente; ele é teu filho –

filho do imenso carinho que tens para dar,

da tua capacidade de doação,

da abnegação,

do desejo sofrido e ao mesmo tempo esperançoso que tiveste

de um dia cuidar e de ouvir alguém

te chamando de “mãe”.

Será filho de noites em claro,

de preocupações,

de alegrias,

de dias de chuva,

de dias de sol.

Será filho de tristezas,

de sonhos,

de esperanças

e de dedicação,

pois tens por ele o mesmo carinho que terias

por um filho do teu sangue.

Esta criança veio de onde quer que seja,

predestinada para ti.

Apenas nasceu de outra mãe,

pois nada acontece por acaso,

mas o destino dela eram os teus braços e teu desvelo.

Ela foi gerada dentro do teu coração

porque, provavelmente, merecia uma mãe tão especial quanto tu!



by Maria Eugênia - Doce Deleite

3 comentários:

  1. Jann, linda a sua atitude de esolher amar e proteger alguém!!! Atitude de quem tem coração e amor para dar.

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  2. Jan, O Candinho chegou em casa me contando. Achei super bacana!!!! Tenho três irmãos de criação. Imagino a emoção que vcs estão vivendo. PARABENS!!!!!

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  3. Saiba que seu texto me tocou profundamente, talves vc não sabe o porque, mas trouxe respostas que eu precisava com o teu texto...Parabens e tudo de bom em sua vida! Muitas coisas aconteceram desde quando nos vimos pela ultima vez, temos tanto o que conversar, saber de ti, te falar de mim, sinto saudades de ti...bjs

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