Ano novo começando e os problemas do ano velho persistindo. No sábado tive um 'piripaque', mas, a simples idéia de ir ao médico me deixou muito angustiada, fiquei com medo que ele diagnosticasse alguma doença já em estado terminal. Diante da dúvida decidi não ir ao médico.
Acordei no domingo com a mesma dor no peito e uma ansiedade maior ainda. Dentro de mim, eu achava que ia morrer, então chorei. Chorei pelos dias que eu não viveria, chorei por não participar dos momentos importantes na vida da minha filha como formatura e casamento, chorei por não estar presente no nascimento dos meus netos, chorei pelas viagens que eu não fiz, pelos livros que eu não li, pelas músicas que eu não ouvi, chorei por tudo que eu deixaria de viver.
Nesse momento me levantei da cama e fui abraçar a Júlia, deitei ao seu lado, ela ainda estava dormindo e mesmo assim me deu um abraço apertado e um beijo no rosto. E assim, abraçada a ela eu permaneci por mais de uma hora. A angústia foi passando, a dor diminuindo, mas lá no fundinho eu ainda continuava com medo de morrer.
A dor no peito insistia em me fazer companhia, resolvi mudar de atitude. Tomei banho e fui à creperia atrás de trabalho e distração. Nada adiantou. Final do expediente, eu esgotada, a dor bem mais leve, resolvi ir ao médico. Diagnóstico: Síndrome do pânico.
Olá Janice,
ResponderExcluirAdorei várias coisas no seu blog: o layout que é lindo, os post curtos e tão cheios de significados (eu só consigo fazer post imensos, morro de inveja de quem consegue) e da temática variada.
Lendo esse post me lembrei de duas pessoas muito próximas e importantes pra mim que passaram (minha irmã) e que ainda passam (uma grande amiga de muitos anos) pela luta diária contra a Síndrome do Pânico.
Depois de mais de 10 anos acompanhando pessoas próximas com esse mal, eu só posso te dizer uma coisa: não desista, não se renda nunca. Cada pequeno passo, nessa doença, pode ser um passo decisivo.
Busque ajuda, procure terapia (fundamental) e não se prenda à medicações. Minha irmã sofreu por 5 anos, optou por não usar medicação e conseguiu sair dessa. Hoje em dia está mais livre do que era antes, foi como um divisor de águas pra ela.
Já a minha amiga sofre há praticamente 10 anos, não consegue se livrar da medicação pesada, faz terapia mas não se rende à ela completamente e não consegue se libertar de si mesma. Tudo depende de você.
Estou te dizendo tudo isso porque sofro há muitos e muitos anos de ataques leves de ansiedade quando estou muito amedrontada com alguma situação e já percebi que só depende de mim manter o controle e não deixar que isso se instale de vez.
Desculpa se te deixo esse comentário gigantesco (pra variar) logo de cara e sobre algo tão pessoal, mas tem vezes que dividir situações parecidas alivia a alma de todo mundo.
Adorei sua visita no Comunicação de Quatro e também seu comentário. Vc não sabe quanta quizumba aquele meus post "infeliz" gerou!! rs
Volte sempre, estarei sempre acompanhando aqui.
Beijo