quarta-feira, 25 de junho de 2008

O mar

Era fim de tarde. Cecília estava sentada contemplando o mar. Ela sempre fazia isso. Adorava ficar olhando as ondas indo e vindo. Gostava do seu canto. Gostava de molhar os pés em suas águas. O mar sempre esteve presente em sua vida. Era com ele que ela compartilhava os momentos alegres e tristes.

Hoje, olhando aquela imensidão azul, ela pensava em Adolfo. Em como era bom estar em seus braços. Lembrava dele e de tudo nos mínimos detalhes. A maneira como ele a abraçava quando terminavam de fazer amor. De seus beijos. Do seu olhar.

Cecília pensava em como os momentos ao lado de Adolfo tinham sido maravilhosos. Tão maravilhosos que mesmo passados cinco anos, ela ainda não o havia esquecido. Nem mesmo João, seu noivo, homem de bom coração e de vida financeira tranqüila, conseguiu tirar esse amor de seu peito.

Ela olhava a aliança de ouro em seu dedo e imediatamente a imagem de Adolfo surgia em sua mente. Cecília sentia-se culpada por não conseguir se entregar ao amor de João. Não conseguia sentir sabor em seus beijos, nem mesmo calor em seus braços. Era como se o estivesse traindo.

Adolfo casara-se e de seu casamento nasceu a pequena Mariana. Desde que terminaram nunca mais se viram. Optaram por isso, para que conseguissem esquecer um do outro. Nesses anos, muitas coisas mudaram, talvez até o amor de Adolfo por Cecília, porém o coração dela ainda era o mesmo. Batia por ele. E nessa tormenta ela seguia, compartilhando com o mar a sua angustia.

Um comentário:

  1. Jannice querida, vim só desejar felicidades pelo noivado.
    QUE LUXO.
    BEIJOSSS
    :)
    tenho sempre acompanhado esse papo na calçada!

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