quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Pobre Edileuza

Edileuza era casada e mãe de dois filhos. Mulher jovem, porém muito amarga. Não era bonita e nem tão pouco possuia grande inteligência. Seu passa tempo favorito era externar seu preconceito contra pessoas que ultrapassavam o limite de peso, homossexuais e os menos favorecidos financeiramente.

Extremamente preconceituosa Edileuza se escondia na religião. Freqüentava a igreja rigorosamente e sempre que podia pregava a palavra de Deus e dizia a todos, o quanto havia mudado por causa “Dele”.
Pobre Edileuza, vivia em um mundo tão artificial que achava que a beleza física era a coisa mais importante na vida e talvez por acreditar nisso fosse tão infeliz, já que ao nascer não fora presenteada com o que tanto exaltava.
Mas Edileuza bem que tentava. Comprava roupas de grife (porém escolhia cores muito vivas ou modelos ultrapassados e terminava se tornando cafona), freqüentava academias em busca do corpo perfeito, certa vez chegou até a tentar uma mudança radical no cabelo (e conseguiu, porém não para melhor). Enfim, talvez por não viver bem consigo mesma, não se aceitar do jeito que veio ao mundo era tão infeliz e amarga a coitadinha.
E nessa infelicidade estava forçada a viver, até o dia em que percebesse que o exterior não é tudo. Que devemos gostar das pessoas não por sua beleza ou riqueza, mas pela amizade que elas nos doam. Que ser gordo ou homossexual não diminui o caráter de ninguém, afinal quantos ladrões e assassinos são lindos e ricos? E finalmente que beleza não põe mesa, como já dizia a minha avó.

6 comentários:

  1. ...é verdade, e como existe pessoas assim...fazer o que, né? Pobre Edileuza,igual a Rubi da novela mexicana: tão amarga, quanto feia..rsrsrs..Mas Deus confortá o coração de Edileuza.
    ( Lú Marques- Cia de Selva )

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  2. Jan...nunca vi uma crônica melhor que essa! huahuahuahua Parece ser tão real...¬¬ Agora eu só qria entender o porquê (Junto e com acento) das pessoas serem assim...AHHHHHHHH (a tosse)! Adoro todos seus contos, até pq são todos baseados em fatos reais..hehehe (só pra fazer o mal). Mas, Deus é mais kekaaaaaaaaaa!
    Bjos
    Natália Jordão

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  3. Lu, adorei o tão amarga quanto feia!!Bombou

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  4. Natalia, meus contos são todos ficcionais, qualquer semelhaça c a realidade é mera coincidência...

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  5. Quem é a Edileuza???
    Num me lembrou ninguém a Edileuza....
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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