terça-feira, 6 de junho de 2017

Camisinhas, camisetas e surdez

Esses dias eu fui no posto de saúde levar meu pai pra tomar uma injeção. Chegando lá vi uma caixa com camisinhas em cima do balcão, achei aquilo o máximo. É só chegar e pegar, não precisa falar nada com ninguém, não precisa ficar morrendo de vergonha pra pedir porque simplesmente está ali, super fácil de adquirir.

Resolvi pegar algumas e colocar na minha bolsa. Nesse momento meu pai virou a cara pro outro lado, fazendo o tipo o que os olhos não veem o coração não sente. Mas eu não sou fácil, tava me divertindo com a situação, então sentei ao lado dele e disse: Vou levar umas camisinhas. Pense num tiro que saiu pela culatra!

Em alguns momentos o papai ou é ou se faz de surdo e foi ai que começou o diálogo completamente maluco que vou descrever abaixo:

Ele: - Camiseta? (Não preciso dizer que ele estava quase gritando, já que nesta situação ele estava surdo. Então imaginem vocês uma recepção de posto de saúde e todos ouvindo o agradável bate-papo).
Eu: - Isso, camiseta. (Esse foi o momento em que fiquei com vergonha de ter começado a brincadeira, porque simplesmente as pessoas começaram a prestar atenção a nossa conversa).
Ele: - De farda?
Eu: - Sim, farda.
Ele: - Pra quem? Pra Júlia? (Júlia é minha filha de 21 anos)
Eu: - É, farda de aula pra Júlia!
Ele: - E ela estuda onde?
Eu: - Na Ufac.
Ele: - Ah ta.


Graças a Deus o assunto morreu ai.

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