terça-feira, 6 de junho de 2017

Camisinhas, camisetas e surdez

Esses dias eu fui no posto de saúde levar meu pai pra tomar uma injeção. Chegando lá vi uma caixa com camisinhas em cima do balcão, achei aquilo o máximo. É só chegar e pegar, não precisa falar nada com ninguém, não precisa ficar morrendo de vergonha pra pedir porque simplesmente está ali, super fácil de adquirir.

Resolvi pegar algumas e colocar na minha bolsa. Nesse momento meu pai virou a cara pro outro lado, fazendo o tipo o que os olhos não veem o coração não sente. Mas eu não sou fácil, tava me divertindo com a situação, então sentei ao lado dele e disse: Vou levar umas camisinhas. Pense num tiro que saiu pela culatra!

Em alguns momentos o papai ou é ou se faz de surdo e foi ai que começou o diálogo completamente maluco que vou descrever abaixo:

Ele: - Camiseta? (Não preciso dizer que ele estava quase gritando, já que nesta situação ele estava surdo. Então imaginem vocês uma recepção de posto de saúde e todos ouvindo o agradável bate-papo).
Eu: - Isso, camiseta. (Esse foi o momento em que fiquei com vergonha de ter começado a brincadeira, porque simplesmente as pessoas começaram a prestar atenção a nossa conversa).
Ele: - De farda?
Eu: - Sim, farda.
Ele: - Pra quem? Pra Júlia? (Júlia é minha filha de 21 anos)
Eu: - É, farda de aula pra Júlia!
Ele: - E ela estuda onde?
Eu: - Na Ufac.
Ele: - Ah ta.


Graças a Deus o assunto morreu ai.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Vida que segue...

Quando retomou o relacionamento com Pedro ela tinha certeza que iria se dar mal novamente. Foi assim da primeira vez e certamente não seria diferente da segunda. No entanto, Joana quis arriscar, confiou na sua peteca. O sexo com ele era bom, o desejo aflorava todos os dias. Muitas horas se passavam com ela relembrando os momentos de prazer que tinha ao lado dele.

De repente ela se viu completamente apaixonada. Isso não seria problema se Pedro não fosse casado, mas ele era. E o que poderia ser maravilhoso, continuou sendo, mas rodeado por uma sombra. O grande problema não era o casamento, mas sim o pouco tempo que ele dispunha pra ela. Isso sim foi cortando seu coração até o ponto de ela resolver se abrir pra ele e contar-lhe todo o sentimento que fervilhada dentro dela.

No ato louco ela confessou sua paixão por ele e como a normalidade não fazia parte de suas ações, decidiu que seria hora de por fim ao relacionamento. Passaram aproximadamente 30 minutos terminados (isso na cabeça dela, é claro), reataram em seguida.

Os dias que se passaram foram agradáveis, mas se resumiram a conversas de whattsApp. Até que de novo ele saiu de sua vida, do mesmo jeito que entrara, de uma hora pra outra, igualzinho ha anos atrás. Ela sofreu nos primeiros dias, até tentou reiniciar uma conversa, mas depois percebeu que simplesmente tinha confundido sexo bom com paixão. Sacudiu a poeira, balançou os cabelos e seguiu em frente, afinal vida que segue...