sábado, 13 de maio de 2017

Balada Bolpebra

Saí do jornalismo, larguei a profissão. Isso foi lá pelo mês de junho do ano passado, de lá pra cá não escrevi mais uma linha, mas hoje me deu vontade de voltar a escrever, não por obrigação, por amor a profissão (que eu amo de verdade), mas por necessidade de me sentir útil no mundo da escrita.

Portanto, o teor será estritamente pessoal, nada de matérias jornalísticas, artigos ou algo assim. Somente o divertimento guiará meus dedos durante a escrita. E hoje vou compartilhar minha aventura de carro com mais três amigos rumo a Bolívia e ao Peru, a qual carinhosamente apelidamos de Balada Bolpebra.

Partimos numa sexta-feira eu, Cristina, Suziane e Thiago para curtir uma noite pra lá de agitada no famoso Lennon que fica no Departamento de Pando, cidade boliviana que faz fronteira com Brasileia. Eu nunca tinha ido ao local, por tanto, via a situação como uma grande oportunidade de conhecer um dos locais mais badalados da vizinha cidade.

No entanto, como na minha vida tudo o que pode dar errado, certamente dará, ao chegarmos no local nos deparamos com o Lennon fechado. Decepção total. Como íamos beber optei em não ir dirigindo, então fizemos como a Angélica e fomos de taxi.

Gente, o taxista brasileiro cobrou a “bagatela” de R$ 30,00 para levar a gente e queria cobrar mais trinta para deixar na boate, já que o local que tínhamos ido estava fechado. Rapaz, R$ 60,00 de taxi é muito dinheiro ó, ainda mais que o local não era distante. Descemos do taxi decididos a pegar um que fosse boliviano, só que para nossa alegria, SQN, não havia nenhunz inho por lá.

Desespero? Que nada, tinham alguns moto-taxistas e foi com eles que seguimos para a boate. Só que na Bolívia, é proibido andar de capacete, então, fomos sentindo toda a liberdade que a moto nos proporciona, sentindo aquele vento batendo no rosto, a poeira entrando nos olhos e os cabelos se assanhando.

Mas olha, confesso que foi muito divertido. Seguimos os quatro, cada um em uma moto. Eu, com quase nenhuma experiência de andar de moto, muito menos de moto-taxi, tratei logo de dar uma ‘encoxada’  no rapaz. Subi na moto e fui meio que me aninhando perto dele, até que me toquei que essas coisas a gente faz com o namorado. Claro que virei piada na rodinha né?

Lá na tal boate que não lembro o nome, foi ótimo. Só que segundo as leis de Pando, a festa encerra-se as 3 da manhã. O que quase aconteceu, mas o pessoal tava tão empolgado que o DJ continuo a tocar, no entanto, eis que uns 20 minutos depois, “la policia” chegou pra acabar com a festa. Eu-nun-ca-ti-nha-pas-as-do-por-uma-si-tu-a-ção-des-as! Mas novamente foi divertido!

Voltamos ao Hotel e fomos dormir para pegarmos a estrada no outro dia para Puerto Maldonado no Peru. A noite jantamos uma pizza, paramos num barzinho de roqueiros para fazer um esquenta e depois fomos pra boate. Estávamos na fila quando um rapaz me abordou perguntando se eu era brasileira.

O rapaz disse que era de Rondônia, que estava lá a trabalho e que estava indo para o Hotel, fiquei meio sem entender, porque sou dessas, desligada mesmo. Então, ele pediu meu contato e pediu que eu mandasse mensagem quando tivesse saindo de lá (nesse momento a ficha caiu). Mesmo eu dizendo que não iria lhe passar meu contato, que não tinha nenhum interesse nele, o rapaz continuo insistindo, até que dei a desculpa do “sou casada” e ele me deixou em paz. Quando fui reclamar com a Cristina pelo fato de ela ter me deixado sozinha com ele, ela abarcou essas resposta: amiga você vive dizendo que gosta de homem feio, achei que tava ajudando!

Ai gente, eu ri demais! Mas enfim, no outro dia pegamos a estrada e voltamos para casa. Foi um final de semana incrível, inesquecível, delicioso e que certamente queremos repetir.


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