sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A formatura

Sexta-feira de carnaval, 20 de fevereiro de 2009 exatamente as 19h eu me tornei de fato e de direito uma jornalista, pois esse foi o dia e horário da minha colação de grau. Foi uma formatura bem simples, sem coquetel, baile, missa, culto ecumênico e muito menos aula da saudade. Mas em compensação, foi rápida e nenhum pouco monótona e cansativa, do jeito que eu gosto!


A surpresa ficou por conta de uma placa de honra ao mérito que recebi por ter sido A MELHOR ALUNA durante os quatro anos de curso, ou seja, me formei com honras! Vcs imaginam a cara de felicidade do vovô né? Era um orgulho só, aliás não só ele, mas todos que estavam lá. Quando terminou a cerimônia que eu vi a Júlia parada me olhando com uma cara de orgulho e depois me abraçando e me dando os parabéns foi mais emocionante do que a surpresa da homenagem.


E lá de cima do palco depois que eu recebi a placa eu pensei: Pôxa, acho que o vovô deve tá pensando que valeu a pena o sacrifício financeiro! E valeu mesmo. Sei que foi um pouco tarde, mas cursei com dedicação e com o coração. Talvez se tivesse me formado mais cedo eu não teria dado tanto valor assim e nem me dedicado tanto!


A ausência ficou por conta da vovó que não está mais entre nós para presenciar esse dia. Justo ela, a que desejou e sonhou mais do que ninguém. A vida muitas vezes é injusta mesmo, mas sei que lá do céu ela sorriu orgulhosa.



As fotos:


Separando minha beca. Olha a Simone ja becada lá no fundo. Detalhe: No último minuto do segundo tempo resolveram mudar a cor da faixa de azul pra amarelo e ainda rolou uma discussão de que tinha que ser vermelha. Minha gente eu quero é me formar!

Cor da faixa definida, agora é só vestir a beca.

Já completamente becada, resolvi ensaiar fotos.
É... sabe que vestida pra formatura eu fico até bonitinha?!

Assinando a ata.

Juro ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença...ops, juramento errado.

Fiquei sabendo nesse dia que o nome desse chapéu engraçado é capelo. Depois do juramento estamos aptos a usá-lo.

Companheira de curso, meu grande espelho, Fran.

O flagra: Eu e Menina de Óculos sem óculos.

Recebendo minha placa de honra ao mérito. Surpresa e emoção.

Honra ao Mérito

A aluna Jannice de Souza Dantas, pelo brilhantismo de seu primeiro lugar no Curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo - Bacharelado Turma 801.

A homenagem da Diretoria, dos professores e funcionários do IESACRE.

Agora sim, eu e meu canudo, amigos para sempre!

Os novos jornalistas comemorando.

Eu, o filho do Mastrangelo pai e a Fran.

Meu ídolo, Marcos Vicentti, melhor repórter fotográfico do Acre. O que tem de grande tem de tímido. Que essa amizade perdure pela vida inteira.

Giselle Lucena, eita menina criativa ta ai. Os seminários mais divertidos foram idealizados por ela. Mas no meio do caminho resolveu trocar o Iesacre pela UFAC, só pra poder dizer: Foi mal, a minha é federal! Final do ano é a formatura dela e eu também quero estar presente, prestigiando esse mix de mulher, menina, jornalista e roqueira.

Família Buscapé, mais que feliz!

Amiga de longas e divertidíssimas datas. Sempre se faz presente, seja na dor como no amor. Patrocinadores oficiais do jantar de comemoração: Bila e Lauro.

Uns sem nenhum e eu com três Zés só pra cuidar de mim. Papai José Alberto, vovô José Higino e tio Carlos José. Deixa eu ver quem ta com a cara de mais orgulhoso? Hum...sei não, mas acho que essa o tio levou.

Eu amo esse "veim". São tão poucas as fotos que tiramos juntos que eu até me emociono. Missão cumprida né vô?
Antes de eu resolver cursar a faculdade, ele vivia me dizendo:

_ Eu fico vendo vc repetindo os mesmos erros que eu e isso me dói tanto. Eu tenho medo que vc só perceba isso depois que eu morrer, assim como eu só percebi depois que o papai e a mamãe morreram. Hoje eu me arrependo tanto de não ter terminado minha faculdade!

Bom, fisicamente não temos muito em comum, mas temos o mesmo coração, o mesmo desapego as coisas materiais, a mesma doação aos amigos, a mesma crença de que todos são bons até que provem o contrário e muitas vezes, mesmo provando a gente ainda continua não acreditando. Enfim, somos muito parecidos, vivemos nossas juventudes insanamente e nossos amores intensamente. Por tanto, saibam que por fora pareço com minha mãe, mas por dentro sou a cara do papai.

Quando eu era criança, desejava com todas as forças ganhar uma irmã. Ela veio de presente 21 anos depois. Linda e pelas mãos da Nete, melhor dizendo, pela barriga. Nete e Gisa.

Minha vontade de ser cada dia melhor, vem dela. Júlia.

Calma gente! Ele não encolheu, está apenas sentado. Pra mim, o amor tem que ser grande e o meu veio com 1,98 m de altura. Diz ele que um dia a gente casa, tô esperando.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Enfim 2009!

Enquanto o Obama bomba nos Estados Unidos, somente amanhã 2009 terá início no país do carnaval. Sim, porque embora comemoremos a chegada do ano novo junto com o resto do mundo na virada do dia 31 de dezembro para o dia primeiro de janeiro do ano seguinte, é somente após o carnaval que o ano realmente começa no Brasil.

Enquanto não passa o carnaval é tudo enrolação. As escolas fingem que dão aula, os alunos fingem que estudam, as repartições fingem que funcionam e as pessoas fingem que trabalham.

Eu não tenho nada contra o carnaval. Gosto e muito! Mas esse ano, devido ao stress que antecedeu a festa momesca resolvi apenas descansar. Dormi muito. Foi bom. Eu realmente estava precisando de paz e repouso. Mesmo com o celular ligado durante o carnaval por incrível que pareça não me telefonaram nenhum dia se quer para que eu resolvesse algum pepino lá do trabalho, o que me fez pensar no quanto as pessoas aqui no Brasil respeitam a quina carnavalesca.

Por falar em trabalho, aos poucos as coisas por lá estão voltando ao normal. O pique stressante que começou em dezembro agora está diminuindo. Também não tem mais a correria da monografia e a creperia não precisa mais tanto assim dos meus préstimos. Agora já me sobra tempo para ser dedicado a leitura de dois livros que eu fui obrigada a parar justamente por conta do corre-corre e também tempo livre para que eu possa atualizar o blog.

Então, agora de fato e de direito desejo a todos os meus leitores, um feliz 2009!

Estou de volta

Depois de um longo e tenebroso inverno

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Humor negro

Vou contar aqui uma estória que aconteceu comigo no mês passado. E por incrível que pareça, vcs podem ter certeza de que isso não é uma piada.

Estava eu lendo jornal em meu ambiente de trabalho quando avistei o convite para a missa de sétimo dia de uma senhorinha que durante muitos anos de segunda a sexta-feira estacionava seu carro na sombra de uma das árvores que meu avô plantou bem em frente de casa. Ela era professora e estava como diretora de uma escola federal que funciona bem próximo de lá.

Quando vi, tomei um susto e comecei a lembrar das vezes em que ela esperava eu sair pra trabalhar para estacionar o carro dela na vaga que eu havia deixado. Lembrei também que quando minha avó estava internada no hospital, eu encontrei com ela várias vezes pelos corredores, pois ela estava acompanhando a netinha que tbm estava internada.

Me veio a cabeça um dia em que eu falei pra ela aproveitar a sombra, pois, meu avô estava com planos de cortar as árvores por conta da quantidade de folhinhas que caiam e consequentemente deixavam a frente da nossa casa, quase uma selva amazônica.

Enfim, meio que rolou uma retrospectiva dos melhores momentos. E tava eu ainda no trabalho, volta e meia pensando na senhorinha, quando fui ao setor visinho resolver algo. Cheguei lá meu colega estava ao telefone, tentando falar com uma pessoa que talvez pudesse arrumar uma vaga pro filho dele em uma escola.

Ele me contou que estava tentando falar com essa pessoa já fazia alguns dias e que o celular sempre estava desligado. Eu me sentei e aguardei que ele terminasse, então, instintivamente comecei a folhear o jornal que estava em cima da mesa, quando novamente vi a foto da senhorinha e meio que em forma de desabafo falei p ele que eu estava arrasada por conta do falecimento de uma senhora que eu não sabia o nome, mas que eu a conhecia pelo fato de ela estacionar sempre o carro na frente da minha casa e blá, blá, blá (tudo aquilo que eu já escrevi a aqui pra vcs).

Enquanto essa conversa rolava, ele rediscava insistentemente o número do telefone da tal pessoa, mas, como quando se fala em morte ficamos curiosos para saber se conhecemos o falecido, ele foi logo perguntando quem era e pedindo pra ver a foto.

Ainda com o telefone no ouvido, na tentativa de que a pessoa atendesse ( e vcs podem ter certeza que foi a última tentativa) ele olhou para a foto e disse:

- Meu Deus...Eu to tentando ligar pra ela.

Fazendo uso do humor negro, eu disse que ele então desistisse, pq ela com certeza não iria atender. E ele terminou de falar:

- Ela foi minha professora. Faz quase uma semana que eu tento falar com ela, pra ver se consigo vaga no colégio pro meu filho... Por isso que eu ligo e o telefone ta toda hora desligado.

Nota de esclarecimento

Por conta de algumas atividades do meu trabalho não estarei atualizando meu blog com tanta freqüência. Espero que tenham paciência e que não desistam de me visitar.