Era fim de tarde. Cecília estava sentada contemplando o mar. Ela sempre fazia isso. Adorava ficar olhando as ondas indo e vindo. Gostava do seu canto. Gostava de molhar os pés em suas águas. O mar sempre esteve presente em sua vida. Era com ele que ela compartilhava os momentos alegres e tristes.
Hoje, olhando aquela imensidão azul, ela pensava em Adolfo. Em como era bom estar em seus braços. Lembrava dele e de tudo nos mínimos detalhes. A maneira como ele a abraçava quando terminavam de fazer amor. De seus beijos. Do seu olhar.
Cecília pensava em como os momentos ao lado de Adolfo tinham sido maravilhosos. Tão maravilhosos que mesmo passados cinco anos, ela ainda não o havia esquecido. Nem mesmo João, seu noivo, homem de bom coração e de vida financeira tranqüila, conseguiu tirar esse amor de seu peito.
Ela olhava a aliança de ouro em seu dedo e imediatamente a imagem de Adolfo surgia em sua mente. Cecília sentia-se culpada por não conseguir se entregar ao amor de João. Não conseguia sentir sabor em seus beijos, nem mesmo calor em seus braços. Era como se o estivesse traindo.
Adolfo casara-se e de seu casamento nasceu a pequena Mariana. Desde que terminaram nunca mais se viram. Optaram por isso, para que conseguissem esquecer um do outro. Nesses anos, muitas coisas mudaram, talvez até o amor de Adolfo por Cecília, porém o coração dela ainda era o mesmo. Batia por ele. E nessa tormenta ela seguia, compartilhando com o mar a sua angustia.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
terça-feira, 24 de junho de 2008
quinta-feira, 19 de junho de 2008
terça-feira, 17 de junho de 2008
Eu, Murilo Rubião e nossos contos
Eu e Murilo Rubião temos duas coisas em comum. A primeira é gostar de escrever contos e a segunda é a de estar sempre relendo os textos e muitas vezes aperfeiçoando-os. Eu adoro ler e reler meus textos e sempre que faço isso encontro algo que pode ser escrito de forma diferente ou mesmo que precisa ser consertado, pois tem problemas de digitação ou até mesmo de concordância.
O Murilo Rubião é autor de diversos contos que trazem como marca principal situações inexplicáveis, surreais, características do chamado realismo fantástico. Entre eles O pirotécnico Zacarias e o Convidado.
Em seus contos, tais situações servem de metáfora aos absurdos e aos dramas da existência humana.
Eu não escrevo realismo fantástico. Eu gosto de escrever mesmo é sobre o dia-a-dia, sobre a vida real, sobre o que machuca ou o que alegra. Meus contos só servem de metáforas para meus próprios dramas ou de pessoas que estão a minha volta.
O Murilo Rubião é autor de diversos contos que trazem como marca principal situações inexplicáveis, surreais, características do chamado realismo fantástico. Entre eles O pirotécnico Zacarias e o Convidado.
Em seus contos, tais situações servem de metáfora aos absurdos e aos dramas da existência humana.
Eu não escrevo realismo fantástico. Eu gosto de escrever mesmo é sobre o dia-a-dia, sobre a vida real, sobre o que machuca ou o que alegra. Meus contos só servem de metáforas para meus próprios dramas ou de pessoas que estão a minha volta.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
A morte ainda me choca
Mesmo sabendo que a única certeza da vida é a de que todos vamos morrer, a morte ainda me choca!
Ontem no final da tarde fui tomar um tacacá e percebi que a foto de um rapazinho que sempre me atendia estava pregada de forma que todos os clientes pudessem ver.
O fato da foto e não do rapaz estar lá me chamou a atenção. Fui me informar e me disseram que ele havia falecido em um acidente.
Eu não tinha intimidade nenhuma com o rapaz, não sei nem seu nome, mas passei o resto do dia pensando nisso, um rapaz tão jovem, cheio de vida...
Ontem no final da tarde fui tomar um tacacá e percebi que a foto de um rapazinho que sempre me atendia estava pregada de forma que todos os clientes pudessem ver.
O fato da foto e não do rapaz estar lá me chamou a atenção. Fui me informar e me disseram que ele havia falecido em um acidente.
Eu não tinha intimidade nenhuma com o rapaz, não sei nem seu nome, mas passei o resto do dia pensando nisso, um rapaz tão jovem, cheio de vida...
quinta-feira, 5 de junho de 2008
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