Saí do jornalismo, larguei a profissão. Isso foi lá pelo mês
de junho do ano passado, de lá pra cá não escrevi mais uma linha, mas hoje me
deu vontade de voltar a escrever, não por obrigação, por amor a profissão (que
eu amo de verdade), mas por necessidade de me sentir útil no mundo da escrita.
Portanto, o teor será estritamente pessoal, nada de matérias
jornalísticas, artigos ou algo assim. Somente o divertimento guiará meus dedos
durante a escrita. E hoje vou compartilhar minha aventura de carro com mais
três amigos rumo a Bolívia e ao Peru, a qual carinhosamente apelidamos de
Balada Bolpebra.
Partimos numa sexta-feira eu, Cristina, Suziane e Thiago
para curtir uma noite pra lá de agitada no famoso Lennon que fica no
Departamento de Pando, cidade boliviana que faz fronteira com Brasileia. Eu
nunca tinha ido ao local, por tanto, via a situação como uma grande
oportunidade de conhecer um dos locais mais badalados da vizinha cidade.
No entanto, como na minha vida tudo o que pode dar errado, certamente
dará, ao chegarmos no local nos deparamos com o Lennon fechado. Decepção total.
Como íamos beber optei em não ir dirigindo, então fizemos como a Angélica e
fomos de taxi.
Gente, o taxista brasileiro cobrou a “bagatela” de R$ 30,00
para levar a gente e queria cobrar mais trinta para deixar na boate, já que o
local que tínhamos ido estava fechado. Rapaz, R$ 60,00 de taxi é muito dinheiro
ó, ainda mais que o local não era distante. Descemos do taxi decididos a pegar
um que fosse boliviano, só que para nossa alegria, SQN, não havia nenhunz inho
por lá.
Desespero? Que nada, tinham alguns moto-taxistas e foi com
eles que seguimos para a boate. Só que na Bolívia, é proibido andar de
capacete, então, fomos sentindo toda a liberdade que a moto nos proporciona,
sentindo aquele vento batendo no rosto, a poeira entrando nos olhos e os
cabelos se assanhando.
Mas olha, confesso que foi muito divertido. Seguimos os
quatro, cada um em uma moto. Eu, com quase nenhuma experiência de andar de
moto, muito menos de moto-taxi, tratei logo de dar uma ‘encoxada’ no rapaz. Subi na moto e fui meio que me
aninhando perto dele, até que me toquei que essas coisas a gente faz com o
namorado. Claro que virei piada na rodinha né?
Lá na tal boate que não lembro o nome, foi ótimo. Só que
segundo as leis de Pando, a festa encerra-se as 3 da manhã. O que quase
aconteceu, mas o pessoal tava tão empolgado que o DJ continuo a tocar, no
entanto, eis que uns 20 minutos depois, “la policia” chegou pra acabar com a
festa. Eu-nun-ca-ti-nha-pas-as-do-por-uma-si-tu-a-ção-des-as! Mas novamente foi
divertido!
Voltamos ao Hotel e fomos dormir para pegarmos a estrada no
outro dia para Puerto Maldonado no Peru. A noite jantamos uma pizza, paramos num
barzinho de roqueiros para fazer um esquenta e depois fomos pra boate. Estávamos
na fila quando um rapaz me abordou perguntando se eu era brasileira.
O rapaz disse que era de Rondônia, que estava lá a trabalho
e que estava indo para o Hotel, fiquei meio sem entender, porque sou dessas,
desligada mesmo. Então, ele pediu meu contato e pediu que eu mandasse mensagem
quando tivesse saindo de lá (nesse momento a ficha caiu). Mesmo eu dizendo que
não iria lhe passar meu contato, que não tinha nenhum interesse nele, o rapaz continuo
insistindo, até que dei a desculpa do “sou casada” e ele me deixou em paz.
Quando fui reclamar com a Cristina pelo fato de ela ter me deixado sozinha com
ele, ela abarcou essas resposta: amiga você vive dizendo que gosta de homem
feio, achei que tava ajudando!
Ai gente, eu ri demais! Mas enfim, no outro dia pegamos a
estrada e voltamos para casa. Foi um final de semana incrível, inesquecível,
delicioso e que certamente queremos repetir.